Um fazer dramatúrgico na dança pode ser percebido como forma de ação e pensamento, ocorrendo de forma tensional e processual, conforme cada composição. Justamente pela diversidade de processos e escolhas nesse âmbito, este artigo analisou o fazer dramatúrgico do coreógrafo brasileiro Cristian Duarte em sua produção coreográfica que opera com um processo documental da própria área: The Hot One Hundred Choreographers. A pesquisa foi um estudo de caso relacionando-se com materiais de referências e entrevista semiestruturada. Evidenciou-se a lista do artista como ferramenta dramatúrgica, o valor do corpar de Cristian em fricção com os coreógrafos da lista, suas escolhas para a cena, sem estrutura fixa, valorizando a equidade e a coletividade, com a busca de seus afetos, criação de manobras, âncoras e um website. A peça convida a importantes discussões da contemporaneidade, valorizando nossas referências e memórias em sua imanência, como quase-corpos que somos.