“Pegar” ou “passar ”: medos entre profissionais da linha de frente da COVID-19

Abstract

RESUMO Objetivo: Investigar a relação entre a realização de testes para detectar COVID-19 e indícios de sofrimento psíquico, estresse e burnout entre profissionais de saúde da linha de frente da pandemia em um hospital geral. Métodos: Estudo prospectivo de abordagem mista usando SRQ-20, PSS, OBI e entrevistas em profundidade em série de três entrevistas em 2020. Resultados: Prevalências preocupantes de escores elevados de SRQ20, Burnout e Estresse Percebido ocorreram nas três entrevistas, e o registro de testes realizados foi crescente no período estudado, mas não houve associação entre desfechos e realização de testes para detectar COVID-19. Os temores de contrair a doença e de ser transmissor do vírus apareceram como os principais estressores para profissionais de saúde, mantidos apesar da realização de testes. Conclusões: Nesse grupo, testes realizados não se mostraram suficientes para modificar os efeitos psicossociais da atividade em linha de frente sobre profissionais de saúde.

Avaliação dos cuidados bucais em relação à Covid-19 na UTI sob o olhar dos profissionais da linha de frente: principais achados clínicos e protocolos de assistência

“…Outro fator observado foi que 46,4% dos participantes já não apresentavam medo de contrair o vírus Sars-Cov-2 e 42,5% apresentava pouco medo. Uma pesquisa realizada com a equipe de saúde de um hospital de Novo Hamburgo, cidade do Rio Grande do Sul, mostrou fatores que poderiam ser atenuantes no medo de contrair a doença, que são a experiência que foi adquirida com a manipulação dos pacientes contaminados e acesso ao EPI (Horta et al, 2021) A participação foi voluntária nesta pesquisa, então a motivação para responder o questionário foi variável. Os participantes comparados são de diferentes categorias profissionais, portanto submetidos a diferentes circunstâncias dentro do ambiente de trabalho, o que pode gerar viés de seleção e os resultados podem ser influenciados por fatores de confusão.…”

Manifestações cutâneas em profissionais de saúde da linha de frente à COVID-19

“…Nesse contexto, os profissionais de saúde atuantes em serviços assistenciais emergenciais, além de lidarem com essa nova realidade, também se submeteram a novos estressores. O receio em se contaminar, devido ao contato íntimo e prolongado com portadores de altas cargas virais de coronavírus, é considerado o agente extenuante principal (HORTA RL, et al, 2022). O estudo de metanálise chinês de HUANG C, et al (2020), realizado na província de Wuhan, demostrou que 29% dos pacientes com Covid-19 nos primeiros meses de pandemia eram profissionais de saúde, sendo o sexo masculino mais vulnerável e mais incidente nas estatísticas de internamento e de necessidade de suporte avançado de vida.…”

Atitudes frente à morte e luto em profissionais de saúde na linha de frente do cuidado a COVID-19: uma revisão integrativa

“…Além disso, os profissionais de saúde sofreram alterações emocionais em virtude da exposição ao risco de contaminação e ao contato direto com seus familiares e com os pacientes acometidos pela doença (HORTA et al, 2022); tiveram que lidar, simultaneamente, com a falta de equipamento de proteção, com as incertezas sobre os protocolos de tratamento, o risco de desemprego, a necessidade de fornecer apoio a pessoas em sofrimento físico e emocional, com o gerenciamento do isolamento físico, com o medo da doença e da morte, com o aumento súbito no número de óbitos de pacientes (MORAIS et al, 2021;.…”