Esta pesquisa é oriunda do ciclo 2022-2023 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio, desenvolvida na Universidade Federal de Rondonópolis e na Escola Estadual Professora Amélia de Oliveira Silva. Consideramos importantes as legislações reparadoras que visam a obrigatoriedade do ensino de história e culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras perpetradas pelas Lei no. 10.639/2003 e Lei no. 11.645/2008; no entanto, a materialização destas legislações depende da luta permanente para a sua inclusão nos currículos, nos materiais didáticos e nas práticas pedagógicas a fim de garantir uma educação democrática, inclusiva, antirracista, etc. Um dos obstáculos para a concretização das leis se deve ao epistemicídio que segue tentando escamotear, apagar e invalidar referenciais afro-indígenas dos espaços de produção de saberes. Nesse sentido, esta investigação apresenta uma abordagem qualitativa, do tipo teórico-bibliográfica, além da empiria realizada por meio da análise do material de ensino estruturado de Artes. O objetivo da pesquisa é o de analisar os impactos do epistemicídio nas representações sociais, presentes no material de ensino estruturado, dentro do componente curricular de artes. O material de ensino estruturado foi adotado pela Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC/MT), produzido pela Somos Educação/Sistema Maxi de Ensino e Fundação Getúlio Vargas.