“…Em contra partida, a produção do espaço formal no Projeto Vila da Barca, no caso os sobrados em alvenaria estrutural, nota-se um conjunto menos integrado, os espaços apresentam-se isolados, restritos a núcleos de integração centralizada em virtude da planta-baixa apresentar uma solução mais compacta, em que o sobrado é composto por uma configuração com adição por sobreposição, pois a forma do conjunto é a soma das partes ou blocos sobrepostos, resultando na combinação das partes e possibilitando a interpenetração de volumes e setores espaciais (REIS, 2002), ao mesmo tempo em que a geometria se apresenta pela superposição de quadrados e retângulos gerando uma forma quadrada, proporcionando uma circulação separada, parcialmente, do espaço de uso, condicionada por uma configuração espacial compacta, criando-se espaços de distribuição que não se apresenta linearmente (CLARK & PAUSE, 1987), além disso nota-se a ausência de elemento de transição, já que o acesso é direto no térreo e no 1° pavimento o acesso é central e de uso comum como mostra o Quadro 02. "A casa é importante, lá eu tinha a minha liberdade, mas aqui não deixaram nem trocar as coisas externas","Não gosto dessa casa, preferia ta morando na minha antiga casa, lá era do meu jeito, eu podia mexer e ninguém reclamava", "Prefiro minha casa antiga, era de madeira, mas era grande", "Eles nem pediram opinião como a gente queria a casa" são falas que se reproduzem no uso das novas unidades habitacionais ausência de identificação do morador com o novo modelo habitacional do projeto implantando, atendendo parcialmente as necessidades dos moradores visto que trata-se de um projeto que agrega fundamentos da racionalidade e padronização habitacional que vem sendo amplamente difundidos no território nacional sem atenção ao contexto local, fazendo com que os usuários não se identifiquem com a habitação, resultando em alterações na busca da adaptação habitacional como mostra o Quadro 03.…”