Paulo Freire's pedagogy and Marxism: political education in Via Campesina Brazil

Abstract

This article discusses processes of political education in Via Campesina Brazil, whose movements in recent years have dealt remarkably with the themes of youth and education. For analytical purposes, I present two ideal types of political education: one refers to the old communist hegemony in our social movements, while the other refers to the influence of Liberation Theology and Marxist dissident sectors from the 1970s. From the analysis of documents collected and interviews, as well as the relevant literature, I conclude that there exists a greater connection between the political education of Via Campesina Brazil and the second ideal type.

Capitalismo dependente e o negro na sociedade de classes

“…Neste contexto contrarrevolucionário, as ciências sociais e a historiografia, por exemplo, passaram por uma inflexão que revela as profundas mudanças que o debate teórico vinha experimentando 192 . Existe uma revisão dos supostos fundamentais da economia política cepalina, do marxismo brasileiro, entre outros, ou simplesmente um transplante das nações imperialistas de novos arcabouços teórico-conceituais que, seja de um lado ou de outro, quase sempre ou com raras exceções, não guardam quaisquer similaridades com a realidade histórica brasileira ou se distanciam do sentido da formação 193 .…”

Uma perspectiva da economia política na formação de profissionais de saúde

“…Não se trata, portanto, de uma atividade individual, mas de uma luta coletiva, que inclui o pensamento e a fala como uma atividade social(MCLAREN, 2021).No Brasil, a Pedagogia do Movimento tem sido uma referência de interesse pedagógico mais voltada aos movimentos sociais, como pelo Movimento Sem-Terra ou, ainda, pelo Movimento dos Atingidos por Barragens. Suas referências teóricas retomam as ideias do partido político pecebista (Partido Comunista Brasileiro -PCB), que remetem à antiga hegemonia comunista, às concepções metodológicas freirianas e incorporam leituras de intérpretes nacionais a respeito da sociedade brasileira(CALDART, 2017;PERRUSO, 2017).Incorporar leituras desses intérpretes em formações políticas críticas tem propiciado discutir a formação social do capitalismo brasileiro, bem como a origem da questão social nesse contexto, além de entender mais sobre o processo de dependência desse capitalismo e suas formas de espoliação do trabalho assalariado. Ter mais clareza sobre esses pontos permite aos trabalhadores lutarem politicamente por uma nova sociabilidade, com o otimismo da ação e o pessimismo da crítica.…”