2019
DOI: 10.33871/nupem.v11i23.637
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Passados privados, ou privados do passado? Nostalgia, in-diferença e as comemorações do Sete de Setembro brasileiro

Abstract: Proponho pensar como funciona, que tipo de elementos são deslocados, apagados ou focalizados e, acima de tudo, que tipo de figurações são apresentadas nas celebrações oficiais (públicas) do passado brasileiro, em geral, e em particular, no discurso oficial das comemorações do Dia da Independência do Brasil (7 de setembro de 1822). Que estética é mobilizada quando o passado "brasileiro" aparece em público (oficialmente)? Argumento que esse conjunto de figurações permite identificar o que eu chamo de "estética d… Show more

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“…Em vista disso, cabe destacar, como sugere Schiavinatto ( 2019), que o cenário comemorativo dos "500 anos do Brasil" condensou ao menos três campos discursivos que tematizam a questão indígena, a saber: as interpretações e estereótipos coloniais produzidas sobre o "descobrimento" e os povos indígenas a partir do século XVI, o repertório épico nacional de imagens e representações da identidade nacional conformada pelas ideologias da mestiçagem e da democracia racial e, por fim, o vocabulário da luta social contemporânea dos movimentos negros e indígenas pela redefinição do repertório discursivo nacional que os estigmatiza e silencia. Nesse sentido, convém destacar em diálogo com André Freixo (2019), que as comemorações nacionais não apenas constituem-se como um lugar de memória da nação e uma data importante no calendário nacional como também deve se considerar que esse fenômeno ritualizado evidencia elementos gerais do código ocidental moderno. Segundo o historiador:…”
Section: IIunclassified
“…Em vista disso, cabe destacar, como sugere Schiavinatto ( 2019), que o cenário comemorativo dos "500 anos do Brasil" condensou ao menos três campos discursivos que tematizam a questão indígena, a saber: as interpretações e estereótipos coloniais produzidas sobre o "descobrimento" e os povos indígenas a partir do século XVI, o repertório épico nacional de imagens e representações da identidade nacional conformada pelas ideologias da mestiçagem e da democracia racial e, por fim, o vocabulário da luta social contemporânea dos movimentos negros e indígenas pela redefinição do repertório discursivo nacional que os estigmatiza e silencia. Nesse sentido, convém destacar em diálogo com André Freixo (2019), que as comemorações nacionais não apenas constituem-se como um lugar de memória da nação e uma data importante no calendário nacional como também deve se considerar que esse fenômeno ritualizado evidencia elementos gerais do código ocidental moderno. Segundo o historiador:…”
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