A presente pesquisa buscou compreender as vivências dos servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) de uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES), em um contexto de desflexibilização da jornada de trabalho, à luz da teoria da Psicodinâmica do Trabalho. O processo de desflexibilização é compreendido aqui como um retorno à jornada de trabalho que uma vez fora flexibilizada. Metodologicamente, recorreu-se ao uso da triangulação metodológica devido à complexidade do estudo. Optou-se pela aplicação do Inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA) para compreensão do cenário geral da instituição e, posteriormente, constituiu-se um grupo focal para a coleta das informações qualitativas. Para análise dos dados quantitativos, foi utilizada a estatística descritiva e, para os dados qualitativos, a análise de conteúdo. A pesquisa confirmou empiricamente que as vivências de sofrimento patogênico têm se estabelecido no trabalho efetivo dos TAEs, sendo potencializadas pelo processo de desflexibilização da jornada, e que a instituição opera promovendo altos riscos de adoecimento desses profissionais.