Nas últimas décadas, tem-se observado a presença de neuropatia periférica (NP) em pacientes com doença de Parkinson (DP), principalmente naqueles em tratamento crônico com levodopa (LD). A associação entre a NP e dose cumulativa de LD, os baixos níveis séricos de vitamina B12 e altos níveis plasmáticos de homocisteína e ácido metilmalônico tornaram-se evidentes. Objetivo: Identificar os fatores de risco relacionados a presença de Neuropatia periférica na Doença de Parkinson. Método: Utilizou-se as bases de dados Scielo, Pub Med e LILACS com as palavras-chave "Doença de Parkinson”, "neuropatia periférica”, “levodopa", "nervos periféricos” nos idiomas inglês, espanhol e português dos últimos 10 anos. Resultados: A maioria dos estudos de indivíduos com DP em uso crônico de LD, com altos níveis de ácido metilmalônico e homocisteína e deficiência de vitamina B12, apresentaram elevada prevalência de NP, predominando a forma sensório-motora com denervação axonal. Por outro lado, a presença de alfa sinucleina nos nervos periféricos pode determinar um processo degenerativo no sistema nervoso periférico. Conclusões: A neuropatia periférica em indivíduos com DP, além de relacionada a progressão e gravidade da doença, pode envolver outros fatores de risco como o uso prolongado de LD, deficiência de vitamina B12 e altos níveis séricos de homocisteína e ácido metilmalônico. A presença de alfa-sinucleina cutânea e nos nervos periféricos preconiza envolvimento no processo degenerativo periférico. Sugerem-se estudos prospectivos correlacionando o comprometimento do sistema nervoso periférico em pacientes com DP e o envolvimento de distintos fatores de risco com a progressão e agravamento da sintomatologia motora nesta doença.