“…O tema do protagonismo social da Psicologia como ciência e profissão, focalizando as implicações éticas e políticas de sua produção de conhecimentos científicos e de técnicas de intervenção vem sendo intensamente problematizado ao longo das últimas décadas (Yamamoto, 2007;Bock, 2009) na realidade brasileira. A Psicologia, que inicialmente era predominantemente um saber e uma técnica comprometida com os interesses da elite brasileira, tem passado por uma intensa revisão autocrítica (Benelli, 2009;Bock, 2009), vindo a desenvolver outras tecnologias voltadas para o compromisso social, pautando-se por uma perspectiva social crítica (Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas, 2007, Conselho Federal de Serviço Social, 2007, Conselho Federal de Psicologia, 2007, 2011Cruz & Guareschi, 2009, Benelli & Costa-Rosa, 2011, Costa-Rosa, 2011. Nesse contexto de politização dos saberes teóricotécnicos da Psicologia, de engajamento social e de luta pela transformação social, abrem-se novos campos de intervenção para o profissional psicólogo como, por exemplo, uma atuação avisada e politicamente informada e situada no vasto campo das políticas públicas e particularmente no âmbito da Assistência Social (Cruz & Guareschi, 2009).…”