Para Resistir À Monocultura Da Mente: Uma Ode Aos Saberes Indígenas

Abstract

RESUMO: Em diálogo com autores de diferentes áreas de conhecimento, argumentamos a necessidade de uma ode aos saberes indígenas. A instauração de uma monocultura da mente, com viés ideológico universalista, vem exterminando a possibilidade de a humanidade se beneficiar com a troca e o compartilhamento de saberes e experiências acumuladas por diferentes povos do Planeta. A hegemonia da lógica de mercado sobrepõe-se a valores imensuráveis, como cooperação, solidariedade, gratidão coletiva e sentimento de parentesco com todas as coisas do mundo. Tais valores estão presentes nas sabedorias milenares que constituem a matriz de uma “ciência primeira”. Também mantêm códigos de conhecimentos e modos de viver que podem vir a se tornar uma referência para resolver problemas enfrentados pelas sociedades modernas. Diante desse cenário, uma atitude ética a ser assumida por uma ciência aberta é a do diálogo com essas cosmologias da tradição. Uma necessária democracia cognitiva, base para a democracia política e justiça social, pode ser alcançada com uma ecologia de ideias.

Educação 5.0 - Volume 5

“…A ecofeminista Vandana Shiva (1991) argumenta que comunidades historicamente marginalizadas muitas vezes enfrentam desproporcionalmente os impactos negativos da degradação ambiental, o que é acentuado por estruturas sociais de poder (Araújo, 2020). A ecologia política, como discutida por Robbins (2004) e Walker (2005), oferece uma estrutura para examinar como as práticas humanas, frequentemente enraizadas em hierarquias sociais, podem influenciar a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.…”

Ciência Aberta: argumentos e desafios para sua legitimação científica

“…Os estudos que adotaram unicamente a categoria epistemológica López, 2017;Machado, 2018;Clinio, 2019;Araújo;Sá;Almeida, 2020) e aqueles que usaram complementarmente (Santos, 2016;Veiga, 2017;Menêses, 2019;Reis, 2019;Clinio, 2019;Caballero-Rivero;Sánchez-Tarragó;Santos, 2019;Silveira, 2019;Bertin et al, 2019;Vasconcellos;Lorenzi, 2020;Ferla;Lima;Feitler, 2020e Rollo, 2020 apontam que a ciência aberta contribui para ampliar a comunicação entre os pesquisadores, tornando o conhecimento disponível, sem apresentar barreiras, impulsionando pesquisas de forma rápida, segura e interativa. Adicionalmente, mencionam o poder do conhecimento quando compartilhado e sua capacidade de provocar mudanças sociais beneficiando toda a humanidade.…”