Papel da Inteligência Emocional, Felicidade e Flow no Desempenho Académico e Bem-Estar Subjetivo em Contexto Universitário

Abstract

ResumoNo quadro da psicologia positiva, pretende-se explorar a relação entre Inteligência Emocional, Felicidade e Flow, e o desempenho académico e bem-estar subjetivo de estudantes universitários. A amostra inclui 215 participantes, com idades entre 18 e 58 anos (M=22.3; DP=4.91), maioritariamente de Ciências Sociais (55.9%), de diferentes cursos (1.º ao 6.º ano), e do género feminino (81,9%), sendo 18,1% trabalhadoresestudantes. Os instrumentos incluíram escalas de autorrelato (TEIQue, OHI, DFS-2 e JAWS), adaptadas ao contexto português e com bons indicadores psicométricos. Os resultados indicaram correlações positivas entre variáveis positivas e desempenho académico e bem-estar, ainda que menores com o desempenho académico objetivo. Análises de regressão linear demonstraram que o bem-estar subjetivo foi a variável melhor explicada pelas variáveis positivas e que o flow foi a variável com maior poder preditivo sobre o desempenho académico. Serão apresentadas implicações na promoção do desempenho académico e bemestar no contexto universitário. Palavras-chave: inteligência emocional, felicidade, flow, desempenho académico, bem-estar subjetivo AbstractWithin the Positive Psychology's framework, this study intends to explore the relationship between Emotional Intelligence, Happiness and Flow, and university students' academic performance and subjective well-being. The sample included 215 participants, aged between 18 and 58 years (M=22.3; SD=4.91), from different courses and years (1 st to 6 th ), of which 18.1% were student-workers. Most of the participants were females (81.9%), and studied Social Sciences (55.9%). The instruments included self-report scales (TEIQue, OHI, DFS-2, and JAWS), adapted to the Portuguese context and with good psychometric properties. Results indicated positive correlations between positive variables and academic performance and well-being, although lower correlations with objecticve academic performance. Linear regression analyses showed that subjective well-being was the variable best explained by positive variables and that flow presented the greatest predictive power over academic performance. Implications for the academic performance and wellbeing's promotion in the university context are presented.

Trait Emotional Intelligence Questionnaire-Short Form: Brazilian Validation and Measurement Invariance between the United Kingdom and Latin-American Datasets

“…Trait EI was positively related to happiness and life satisfaction, confirming its criterion validity. These findings are in line with trait emotional intelligence theory (e.g., Petrides, 2001Petrides, , 2010Petrides et al, 2016) as well as with multiple previous studies from different contexts and cultures (e.g., Freudenthaler, Neubauer, Gabler, Scherl, & Rindermann, 2008 in Germany;Moutinho, Monteiro, Costa, & Faria, 2019 in Portugal; Stamatopoulou et al, 2016 in Greece;and Ye, Yeung, Liu, & Rochelle, 2019 in Hong Kong).…”

Adaptation and validation of the social skills scale for intercultural primary school pupils

“…These skills can be acquired, learned and applied in the daily lives of young people, whether in the school context or in other contexts equally enriching in experiences and opportunities for the development of personal and interpersonal skills (Coelho and Sousa, 2018;Zelyurt and İnce, 2018). Authors such as Moutinho et al (2019) emphasize that these skills can be acquired with the support of the main agents involved in the educational environment such as families or the school. In other scientific studies, it is indicated that inclusive educational contexts originate that students develop higher academic performance (Diaz-Garolera et al, 2022), better relationships (Palardy, 2019), constructive conflict resolution (Hakvoort et al, 2022), cope with social problems more effectively and engage in inappropriate behaviors less frequently (Brossard Børhaug and Weyringer, 2019).…”

SAÚDE MENTAL: transtornos em estudantes de engenharia

“…Entre os fundamentais fatores específicos ao curso de Engenharia que colaboram para o estresse nos estudantes estão a dificuldade em conciliar vida social e acadêmica, elevada carga horária, grande volume de matérias, competitividade entre estudantes, privação de sono, medo de adquirir doenças e cometer erros em seus estudos e trabalhos em campo, insegurança em relação ao mercado de trabalho e cobranças da sociedade e da instituição de ensino. Essas exigências têm efeitos negativos no bem-estar psicológico dos estudantes, podendo gerar, em especial, depressão e ansiedade (Ferreira, 2016;Moutinho, Monteiro, Costa, & Faria, 2020).…”