Padrões de saúde e segurança no trabalho e extrativismo: o caso de comunidades rurais da Amazônia brasileira

Abstract

Resumo Este artigo é resultado de pesquisa de campo realizada junto aos coletores de sementes e frutos oleaginosos - Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNMs) - em áreas rurais de Salvaterra e Bragança, no estado do Pará. O objetivo é contribuir com os estudos empíricos sobre saúde e segurança ocupacional no extrativismo, ainda incipientes no Brasil, por falta de amparo técnico-científico relacionado à atividade extrativista e por falta de regulamentação específica para a área. A pesquisa, realizada a partir da coleta de dados primários e observacionais, aponta os riscos de saúde e segurança aos quais os coletores estão expostos e os métodos de prevenção de acidentes, a fim de identificar possíveis melhorias nas condições de trabalho em um contexto onde a regulamentação de padrões trabalhistas para autônomos, informais e extrativistas na Amazônia é praticamente inexistente. A metodologia se caracteriza como estudo de caso em profundidade com coleta de dados primários com adoção de métodos mistos para sua sistematização. Os resultados demonstram que novas práticas e normas precisam ser adotadas para que os riscos à saúde e à segurança dos coletores sejam minimizados, além de garantir fiscalização, incentivo e monitoramento de práticas de segurança adequadas à atividade e específicas para cada região.

Prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho de extrativismo mineral

“…Para prevenção de tais agravos, faz-se necessário um olhar mais atento da equipe de saúde, buscando formas de introduzir a educação em saúde no desenvolvimento das atividades de maneira ergonomicamente correta, bem como proporcionar o (re)conhecimento da postura inadequada durante o desenvolvimento das funções na mineração . Ademais, cabe aos empregadores conhecer e apropriar-se das Normas Regulamentadoras (NR) 17, que trata sobre a adaptação das atividades aos parâmetros psicofisiológicos de cada trabalhador, e a NR 31 que estabelece que o empregador rural deverá oferecer capacitações frequentes aos seus subordinados, de maneira a prevenir incidentes evitáveis à saúde do trabalhador (Brasil, 2018;Veiga et al, 2017).…”

Riesgos laborales en trabajadores latinoamericanos del sector agrícola: Una revisión sistemática

“…Para el riesgo biológico, se determinó contacto con animales como serpientes, escorpiones, arañas, garrapatas, alacrán y plagas (35,38,47,53,61,70,77) , se ha evidenciado que la percepción de este riesgo se enfoca hacia una baja severidad y vulnerabilidad, puesto que autores como Peña, et al (47) , mencionan que los trabajadores no distinguen como riesgo la picadura de garrapatas, de igual forma lo reportaron Villegas, et al .. (78) quienes refieren que la picadura del alacrán se concibe como un suceso cotidiano. Adicional a lo anterior, en cuanto a las medidas de prevención como, el uso de guantes, es bajo y se evita transitar por senderos o zonas que haya la infestación del vector (53,78) .…”

Alterações físicas autopercebidas nos trabalhadores migrantes informais venezuelanos em Boa Vista-RR

“…Os vínculos em trabalhos precários podem produzir dores musculoarticulares, problemas na vista, na audição e na pele 27 . No que diz respeito à postura durante a realização do trabalho, as dores em múltiplas regiões do corpo são ocasionadas em decorrência da ergonomia inadequada, tempo de atividade e da distância percorrida durante o processo de trabalho 28 .…”