“…Se as metodologias baseadas na entrevista, observação de aulas e análise dos produtos apenas abrangem um número muito pequeno de sujeitos, as metodologias baseadas nas teorias implícitas, convicções ou crenças, embora permitindo apreciar populações amplas, no entanto, parece haver uma discrepância significativa em relação ao que na prática de ensino ocorre. Os professores portugueses declaram uma maior inclinação por crenças construtivistas sobre a natureza do ensino e da aprendizagem, no entanto as práticas dominantes resultam ser fortemente estruturadas, características de um ensino transmissivo, em prejuízo de práticas centradas no aluno e no desenvolvimento de capacidades (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico [OCDE], 2009;2019;SIMMONS et al, 1999). A revisão da literatura de van Driel, Beijaard e Verloop (2001) destaca que os estudos focados na implementação de abordagens construtivistas na prática de ensino revelam que, embora os professores expressem conhecimentos consistentes com as ideias construtivistas, o seu comportamento letivo real poderá ser mais ou menos tradicional.…”