Osteoartrose de quadril em cães e gatos: Revisão

Abstract

Osteoartrose ou doença articular degenerativa é uma afecção comum em cães e gatos com grande relevância na medicina veterinária, acometendo principalmente membros locomotores do quadril e prejudicando a qualidade de vida do paciente. Por promover uma degeneração dos componentes articulares, trata-se de uma enfermidade progressiva e de ação lenta, a qual ocorre por diversos fatores. Essa pode ser primária, secundária ou erosiva havendo também classificações com que diz respeito ao grau da doença do animal. O diagnóstico, apesar de ser de difícil detecção na fase inicial, é baseado nos achados clínicos, exame físico de palpação dos membros afetados e exames de imagem que concluem o diagnóstico com precisão. Os tratamentos são inúmeros e dependem de diversos fatores, assim como o prognóstico, que incluem membro afetado, grau de lesão, histórico do paciente entre outros parâmetros a serem analisados. Atualmente ainda há discussões entre os profissionais sobre o melhor método de conduta, principalmente para o tratamento, mas cada vez mais os resultados tem se mostrado mais satisfatórios. Diante de tal complexidade, o presente artigo tem como objetivo aprofundar os estudos com enfoque no quadril que é uma das mais acometidas na rotina da clínica veterinária de pequenos animais, permitindo uma maior eficiência no tratamento e evolução da compreensão da dor.

Uso de bedinvetmab para controlar el dolor crónico en un perro con artrosis

“…A AO, conhecida também como osteoartrose ou doença articular degenerativa (DAD) (Lamounier et al, 2023), é uma doença crônica dolorosa comum em cães com manejo desafiador para o veterinário, além de muitas vezes frustrante e dispendioso ao tutor (Johnson et al, 2020). Embora não claros os mecanismos que levam a condição de OA, sabe-se que há fatores de risco associados como obesidade, sexo, trauma articular e o envelhecimento (Xie et al, 2019).…”

“…O protocolo escolhido para avaliar não só a eficácia do mAb como também o avanço da doença no paciente foi o Canine OsteoArthritis Staging Toll (COAST), criado por especialistas de nove países incluindo ortopedistas, anestesiologistas e paliativistas de pequenos animais para contribuir a respeito do reconhecimento do grau da patologia e guiar o tratamento do paciente utilizando métodos avaliativos tanto do veterinário quanto do próprio tutor através de questionários (LOAD e/ou Índice de dor crônica de Helsinque) que abordam qualidade de vida, mobilidade animal, estilo de vida e avaliação de dor com posterior ponderação do médico veterinário que interpretará as pontuações conforme o grau, podendo ser classificado em leve, moderado, grave e extremo (Lamounier et al, 2023;Walton et al, 2013). Antes de se iniciar a terapêutica com bedinvetmab obtendo 30 pontos em LOAD, o paciente foi classificado em estado grave, o que o levava a condição dolorosa e pouco ativa.…”

Atualidades Na Saúde E Bem-Estar Animal, Volume 9

“…Essas condições são frequentemente associadas a essa enfermidade, contribuindo para o seu desenvolvimento (Fox, 2017;Innes, 2010), podendo ser classificada de duas formas: a primária, ocorre de maneira incomum e de causa desconhecida, nesse caso, pode haver acometimento bilateral das articulações, sendo mais relatado em raças específicas, como dálmata, samoieda e labrador; a secundária, por sua vez, é mais recorrente e de causa identificável, como fraturas, displasias, obesidade e rupturas de ligamentos (Lamounier, 2023) Animais de médio e grande porte são os mais afetados nesta afecção, sendo mais provável que o processo degenerativo se inicie precocemente -ou que se desenvolva sinais clínicos mais graves. No entanto, é importante salientar que essa condição pode ser diagnosticada em animais de todos os tamanhos, gêneros e raças de cães e gatos (Rychel, 2010).…”

“…-Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM): em alguns casos, essas podem ser necessárias para avaliar mais detalhadamente a condição das articulações, especialmente em animais em estágios avançados ou quando as radiografias não fornecem informações suficientes (Rosseto et al, 2018;Lamounier, et al, 2023).…”

Fisiopatogenia, Sinais Clínicos E Métodos De Diagnósticos Para a Detecção Da Leucemia Viral Felina

“…Essas condições são frequentemente associadas a essa enfermidade, contribuindo para o seu desenvolvimento (Fox, 2017;Innes, 2010), podendo ser classificada de duas formas: a primária, ocorre de maneira incomum e de causa desconhecida, nesse caso, pode haver acometimento bilateral das articulações, sendo mais relatado em raças específicas, como dálmata, samoieda e labrador; a secundária, por sua vez, é mais recorrente e de causa identificável, como fraturas, displasias, obesidade e rupturas de ligamentos (Lamounier, 2023) Animais de médio e grande porte são os mais afetados nesta afecção, sendo mais provável que o processo degenerativo se inicie precocemente -ou que se desenvolva sinais clínicos mais graves. No entanto, é importante salientar que essa condição pode ser diagnosticada em animais de todos os tamanhos, gêneros e raças de cães e gatos (Rychel, 2010).…”