2018
DOI: 10.36920/esa-v26n1-4
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Os vazanteiros, a agricultura de vazante e as barragens da destruição no Médio Rio Tocantins: perspectivas etnoecológicas

Abstract: Os vazanteiros, a agricultura de vazante e as barragens da destruição no médio rio Tocantins: perspectivas etnoecológicas Introdução Embora os estudos sobre conhecimentos ou saberes tradicionais 5 (ALMEIDA, 2004) sejam recentes (ZENT, 2013), no médio rio Tocantins, a flora, a fauna, os rios e a ictiofauna são explorados e conhecidos pelo homem há milhares de anos (BUENO, 2005; CASTRO, 2005; MORALES, 2007; CASTRO e BARROS, 2015). Sob a égide dos conhecimentos etnoecológicos 6 e os atributos sociais associados à… Show more

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“…Todas essas dimensões das afetações descritas evidenciam como a autonomia de acesso e uso da base material, aliado às tramas sociais, é fator forjador dos territórios e de uma territorialidade específica (ALMEIDA, 2004; GODOI, 2014b) e condição sine qua non para a sua reprodução física e sociocultural. Disso, depreende-se que a degradação do rio e das ilhas e limitação ao seu acesso ocasionou rupturas nas estratégias de sobrevivência e de garantia do território, historicamente e relacionalmente construídas pelos ilheiros, impelindo, consequentemente, condição de vulnerabilidade social, econômica e ambiental, situações semelhantes às descritas em outros contextos para grupos de camponeses (CASTRO et al, 2018;ZHOURI;OLIVEI-RA, 2012). Portanto, evidencia como o desastre se apresenta como um evento/processo "totalizador" (OLIVER-SMITH, 1996), ao promover afetações que atingem as diversas esferas da vida das famílias que lidam com as consequências desses trágicos eventos.…”
Section: Viver Longe Do Rio: O Processo De Desterritorialização Dos I...unclassified
“…Todas essas dimensões das afetações descritas evidenciam como a autonomia de acesso e uso da base material, aliado às tramas sociais, é fator forjador dos territórios e de uma territorialidade específica (ALMEIDA, 2004; GODOI, 2014b) e condição sine qua non para a sua reprodução física e sociocultural. Disso, depreende-se que a degradação do rio e das ilhas e limitação ao seu acesso ocasionou rupturas nas estratégias de sobrevivência e de garantia do território, historicamente e relacionalmente construídas pelos ilheiros, impelindo, consequentemente, condição de vulnerabilidade social, econômica e ambiental, situações semelhantes às descritas em outros contextos para grupos de camponeses (CASTRO et al, 2018;ZHOURI;OLIVEI-RA, 2012). Portanto, evidencia como o desastre se apresenta como um evento/processo "totalizador" (OLIVER-SMITH, 1996), ao promover afetações que atingem as diversas esferas da vida das famílias que lidam com as consequências desses trágicos eventos.…”
Section: Viver Longe Do Rio: O Processo De Desterritorialização Dos I...unclassified
“…As margens são ocupadas por áreas protegidas como a Área de Proteção (APA) Ilha do Bananal, o Parque Nacional do Araguaia e terras indígenas sobrepostas de povos Karajá e Javaé (Assis, Faria & Bayer, 2022). O rio Tocantins possui 2400km de extensão, apesar de ter sua dinâmica influenciada por barramentos através da construção de usinas hidrelétricas (UHE) (Castro, Barros, Marin & Ravena, 2018), possui ocupação ribeirinha de margem, além de terras indígenas de etnias como Xerente e Krahô (Alves & Vieira, 2017).…”
Section: áRea De Coleta E Eutanásia Animalunclassified