Os reflexos da COVID-19 na farmacoterapia em pacientes portadores de doenças crônicas

Abstract

A pandemia da COVID-19, ocasionada por uma nova cepa de coronavírus, gerou grandes desafios por todo o mundo. Essa doença tem o poder de desenvolver maiores complicações, em relação a outras doenças, e uma maior ocorrência de internações em pacientes com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Este estudo teve como objetivo avaliar os reflexos da COVID-19 na farmacoterapia em pacientes portadores de doenças crônicas. Tratou-se de uma pesquisa de campo, descritiva, exploratória e de abordagem qualitativa e quantitativa, realizada no Ambulatório de Saúde da FAINOR, em setembro de 2021. Compuseram a amostra deste estudo 20 pacientes, tendo como critério de inclusão portadores de doenças crônicas, exclusivamente, hipertensão e diabetes que tiveram a doença COVID-19. E como critério de exclusão pacientes que não tiveram a doença. Os dados foram coletados através de um questionário aplicado em formato eletrônico. Para a avaliação e interpretação dos dados obtidos foi recorrido ao método do discurso do sujeito coletivo. Dos pacientes diagnosticados, cerca de 50% apresentavam diabetes, 20% apresentavam hipertensão, 30% diabetes e hipertensão associadas e 30% apresentavam obesidade/sobrepeso. Cerca de 70% dessas pessoas desenvolveram sequelas pelo coronavírus, como desidratação, dores no corpo, tosse seca, esquecimento e Insuficiência Renal Aguda. Cerca de 40% possuíam interações medicamentosas graves em seus tratamentos crônicos, concomitante com o tratamento do SARS-CoV-2. Concluiu-se que, a pandemia do COVID-19 não gerou mudanças perceptíveis na farmacoterapia dos participantes hipertensos e diabéticos. No entanto, o vírus refletiu negativamente no estado geral de saúde dos pacientes fazendo com que muitos ficassem com sequelas.