“…Em suma, se a festa tem como objetivo explorar ao máximo as transgressões, testar os limites dados, consequentemente é nos tabus que encontrará a capacidade de expressão da obscenidade. Dentro da proposta provocadora de Georges Bataille (1987) e descobrir o que gera as ações simbólicas pode ser mais próximo de nosso crescimento cultural do que nós supusemos" (TURNER, 1975, p. 31). Em diálogo com análises clássicas da antropologia (LEACH, 1954(LEACH, , 1966DOUGLAS, 1976;TURNER, 1957TURNER, , 1967TURNER, , 1975, que, de certa forma, renovaram os estudos dos rituais ao tomar como foco a ambiguidade, os estados intermediários, as contradições e romperem com uma Antropologia até então preocupada com a padronização (CAVALCANTI, 2013, p. 415), gostaríamos de trazer a atenção para a importância de compreendermos também as festas enquanto mecanismos culturais que dão lugar para certo conflitos entre forças -uma que tende a 'univocalização' e 'enquadramento do sistema' e outra que promove ambivalência e transgressão.…”