Objetivou-se discorrer sobre as boas práticas na assistência hospitalar ao parto e nascimento, com ênfase na atuação do(a) Enfermeiro(a) Obstetra. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, cuja busca foi realizada via Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), durante os meses de março a junho de 2020, utilizando-se as bases de dados: Centro Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (Bireme) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os Descritores em Ciências da Saúde (Desc) utilizados para a busca foram: “Assistência Hospitalar”; “Enfermagem Obstétrica”; “Trabalho de Parto”; “Parto Obstétrico”. Foram incluídos no estudo artigos com texto completo disponível, que tratassem sobre as boas práticas de assistência ao parto em contexto hospitalar, publicados nos últimos cinco anos, nos idiomas espanhol, inglês ou português. Excluiu-se os que não respondiam ao objetivo do estudo, os editoriais, dissertações, teses, monografias, livros e artigos de periódicos não científicos. Com relação às boas práticas, as parturientes devem alimentar-se. Tal conduta confere satisfação, reduz o estresse e contribui para autocontrole da gestante durante o trabalho de parto; adotar postura ativa promove conforto e redução da dor, diminuindo o tempo de fase ativa, possíveis traumas perineais, taxas de intervencionismo, e/ou desfecho cirúrgico. Entretanto, a verticalização (posição de cócoras, lateral, em pé ou de quatro) ainda carece de estímulo durante o ato de partejar; a oferta dos métodos não farmacológicos para alívio da dor úteis (massagens, banhos, uso da bola suíça, meditação, crioterapia e musicoterapia) e a presença do acompanhante são ações simples e que repercutem positivamente no processo de parturição; e o uso correto do partograma possibilita analisar a evolução do trabalho de parto, fornecendo informações sobre o bem-estar materno e fetal, como também sinais de alerta sobre alterações ou possíveis distorcias associadas. Por fim, ressalta-se que a assistência de Enfermeiros/as Obstetras diminui as intervenções desnecessárias e aumentam a satisfação das usuárias sem relação ao seu processo parturitivo. A presença atuante e autônoma desses profissionais é imprescindível para que haja expansão e aplicabilidade das boas práticas nos serviços hospitalares de assistência ao parto e nascimento, pois contribuem com a humanização das práticas assistenciais e, consequentemente, para o conforto e autonomia das parturientes e menores índices de violência obstétrica.