“…No Brasil, esses problemas se manifestaram de modo específico na trajetória da política de saúde, influenciando a formulação e a implantação de propostas de mudanças curriculares e do ensino de graduação, de incentivo à integração docente-assistencial, e de interiorização e provimento de profissionais, incluindo os médicos. Nos anos 1970 e 1980, destacaram-se: a conformação da Rede Integração Docente Assistencial (IDA); o projeto Uma Nova Iniciativa (UNI) (Feuerwerker e Marsiglia, 1996); o Programa de Preparação Estratégica de Pessoal de Saúde (PPREPS), lançado pelo Ministério da Saúde (MS) em parceria com a Organização Pan-americana de Saúde (Macedo, Santos e Vieira, 1980;Pires-Alves, Paiva e Hochman, 2008); o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS) (Maciel Filho e Branco, 2008); e o apoio do Ministério da Saúde na conformação dos Núcleos de Desenvolvimento de Recursos Humanos nas secretarias estaduais de saúde (Simões, 1986). Dos anos 1990 ao início dos anos 2000, a atuação da Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico (CINAEM), envolvendo entidades médicas, professores e estudantes de medicina (Machado, 1999;Amaral, 2002); o Projeto de Incentivo a Mudanças Curriculares para os Cursos de Medicina (PROMED) e a construção das Diretrizes Curriculares Nacionais (Oliveira et al, 2008); a criação do Programa de Interiorização do Sistema Único de Saúde (PISUS), direcionado à Região Nordeste, e do Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (PITS), com foco nos médicos e enfermeiros para o Sistema Único de Saúde (SUS) (Maciel Filho, 2007;Gonçalves Junior, Gava e Silva, 2017).…”