Abstract:Passados 20 anos da criação do Sistema CEP-CONEP, apontamos novas configurações de tradicionais impasses éticos da pesquisa em Ciências Humanas, a saber: o processo de entrada em campo, a publicação dos resultados e o uso de dados obtidos na experiência profissional. A consolidação da lógica neoliberal da cultura das avaliações associada às novas legislações sobre o Consentimento Prévio, Livre e Informado, Acesso à Informação e Transparência, e sua interface com a profissionalização da antropologia e as novas … Show more
“…De forma mais específica, os instrumentos que definem o risco da pesquisa em uma resolução complementar (prevista no artigo 21 da Resolução 510/2016) que destaca a diferença e a gradação de risco 8 entre as pesquisas médicas e as pesquisas em CHS. Os impasses da implementação estão na dificuldade em alterar 8 Para uma análise do risco em pesquisas como consta nas avaliações do sistema CEP/Conep a partir das reflexões da "cultura de auditoria" (STRATHERN, 1999), ver Harayama (2017). Considerando as medidas restritivas das regulamentações da Conep, apresento o contexto de negociação para o início da minha pesquisa de campo no SSCF, a fim de explicitar as relações e as negociações estabelecidas com meus interlocutores de pesquisa.…”
O município de Campinas é reconhecido por sua rede de assistência em saúde mental construída em parceria com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira (SSCF). A literatura antropológica sobre ética em pesquisa aponta para uma relação de submissão do modo de fazer etnografia às normas biomédicas que fundamentam a avaliação de pesquisas das ciências humanas em instituições de saúde. O objetivo do artigo é mostrar o processo de autorização para a realização de minha pesquisa de campo no Serviço Residencial Terapêutico (SRT), gerido pelo SSCF. Com isso, apresento a problemática atual sobre ética em pesquisa, as negociações do inicio de minha pesquisa de campo e como a produção de um saber antropológico está implicada em uma relação ética com os interlocutores de pesquisa.
“…De forma mais específica, os instrumentos que definem o risco da pesquisa em uma resolução complementar (prevista no artigo 21 da Resolução 510/2016) que destaca a diferença e a gradação de risco 8 entre as pesquisas médicas e as pesquisas em CHS. Os impasses da implementação estão na dificuldade em alterar 8 Para uma análise do risco em pesquisas como consta nas avaliações do sistema CEP/Conep a partir das reflexões da "cultura de auditoria" (STRATHERN, 1999), ver Harayama (2017). Considerando as medidas restritivas das regulamentações da Conep, apresento o contexto de negociação para o início da minha pesquisa de campo no SSCF, a fim de explicitar as relações e as negociações estabelecidas com meus interlocutores de pesquisa.…”
O município de Campinas é reconhecido por sua rede de assistência em saúde mental construída em parceria com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira (SSCF). A literatura antropológica sobre ética em pesquisa aponta para uma relação de submissão do modo de fazer etnografia às normas biomédicas que fundamentam a avaliação de pesquisas das ciências humanas em instituições de saúde. O objetivo do artigo é mostrar o processo de autorização para a realização de minha pesquisa de campo no Serviço Residencial Terapêutico (SRT), gerido pelo SSCF. Com isso, apresento a problemática atual sobre ética em pesquisa, as negociações do inicio de minha pesquisa de campo e como a produção de um saber antropológico está implicada em uma relação ética com os interlocutores de pesquisa.
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