Os estudos em malária aviária e o Brasil no contexto científico internacional (1907-1945)

Abstract

Aborda a contribuição de cientistas brasileiros aos estudos sobre o protozoário causador da malária. Ao colocar em foco os trabalhos de Henrique Aragão e Wladimir Lobato Paraense, destaca a importância da malária aviária para o entendimento da malária humana e sua terapêutica, a rede de relações científicas estabelecidas, as agendas comuns de pesquisa, as trocas de informações entre pesquisadores, assim como o papel por eles desempenhado no contexto internacional das descobertas científicas.

Plasmodium spp. em aves silvestres da Fundação Parque Zoológico de São Paulo: identificação de espécies por microscopia e sequenciamento do gene mitocondrial citocromo b

“…Somente no século XIX é que a doença passou a ser chamada de malária, devido à associação que alguns cientistas italianos fizeram, uma vez que eles acreditavam que a doença era causada por vapores nocivos exalados dos pântanos, chamando-a de "mal-aria", ou "mau ar" 11 . conseguiu provar que a malária era transmitida através de um vetor invertebrado [11][12][13] .…”

“…Recentemente, outros estudos têm mostrado a presença desses parasitas em aves cativas e de vida livre no Estado [47][48] . Entretanto, acredita-se que o número de vetores capazes de transmitir Plasmodium seja muito maior, pois muitos vetores ainda são desconhecidos 10,12 .…”

“…Algumas espécies de Plasmodium são generalistas, enquanto que outras são espécie-específicas, tanto no que diz respeito às aves quanto aos vetores 12,45 . Essa característica viabiliza a realização de estudos com infecções experimentais e uma melhor compreensão do ciclo e da patologia desses parasitas 10 .…”

Mosquitos (Diptera, Culicidae) em área de transmissão de malária aviária: identificação de potenciais vetores de hemosporídeos do gênero Culex

“…grupo Haemosporida e pela identificação dos três principais gêneros de parasitas intraeritrocíticos em aves (hoje conhecidos como Plasmodium, Haemoproteus e Leucocytozoon) (Cox, 2010;Sá, 2011 (Atkinson e Van Riper, 1991).…”

“…Já o pesquisador e médico inglês Ronald Ross em 1898 desvendou o ciclo do parasita da malária aviária, Proteosoma relictum (Plasmodium relictum), em mosquitos do gênero Culex, além de também comprovar que a fase sexuada do parasita ocorria no sistema digestivo do mosquito e que a transmissão ocorria pela picada de fêmeas adultas (Sá, 2011).…”