2004
DOI: 10.1590/s0104-026x2004000100010
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Os direitos da mulher à terra e os movimentos sociais rurais na reforma agrária brasileira

Abstract: Este artigo examina a evolução da reivindicação dos direitos da mulher à terra na reforma agrária brasileira sob o prisma dos três principais movimentos sociais rurais: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), os sindicatos rurais e o movimento autônomo de mulheres rurais. O mérito maior por levantar a questão dos direitos da mulher à terra é das mulheres dentro dos sindicatos rurais. Os direitos formais das mulheres à terra foram conseguidos na reforma constitucional de 1988, e em grande medida i… Show more

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“…No entanto, uma vez que os acampamentos estão constituídos, poucas mulheres participam de forma tão ativa; até recentemente, havia poucas mulheres em sua liderança ou na do MST. Conforme nos assegura Deere (2004):…”
Section: Resultados E Discussão a Luta Pela Reforma Agrária E A Formaunclassified
“…No entanto, uma vez que os acampamentos estão constituídos, poucas mulheres participam de forma tão ativa; até recentemente, havia poucas mulheres em sua liderança ou na do MST. Conforme nos assegura Deere (2004):…”
Section: Resultados E Discussão a Luta Pela Reforma Agrária E A Formaunclassified
“…Segundo Deere (2004), a falta de interesse dos movimentos sociais, principalmente no perí-odo de 1989 a 1993, em permitir o acesso formal da mulher à terra, se deve, em grande parte, à própria visão que os mesmos fazem da luta das mulheres, pois entendem que a sua participação pode provocar uma divisão do movimento e abalar os interesses coletivos. Por isso, as reivindicações das mulheres seriam tratadas a partir de uma questão de classe e não de gênero.…”
Section: Classes 3 -Mulheres E Movimentos Sociais Contemporâneosunclassified
“…Mesmo com os direitos adquiridos, diversos estudos evidenciam as dificuldades das mulheres em assumir o patrimônio da terra, tanto do ponto de vista legal, quanto no cotidiano das relações de trabalho, embora a legislação lhes garanta esse direito (Deere, 2004). Nesse contexto, a pequena taxa de 12,6%, uma das menores da América Latina de mulheres beneficiárias da posse da terra, potencializa a vulnerabilidade à violência que se manifesta nas relações sociais cotidianas, a destruição de plantações, ou ainda o preconceito acerca da mulher enquanto proprietária e chefe da propriedade.…”
Section: Segundo Maria Aparecida Moraes Silvaunclassified
“…A igualdade legal, porém, não levou a um aumento do número de mulheres beneficiadas. Carmen Diana Deere (2004) relata que, no Brasil, a reforma agrária chama a atenção pela relativa baixa parcela de mulheres beneficiárias da terra se comparado a outros países da América Latina. Até a metade da década de 1990, as mulheres representavam apenas 12,6% das beneficiárias no Brasil, enquanto que em outros países, por exemplo, a Colômbia esse número chega a 45%.…”
Section: Segundo Maria Aparecida Moraes Silvaunclassified