Objetivo: descrever o manejo clínico de mulheres transexuais portadoras de infecção sexualmente transmissível, que realizam acompanhamento hormonal para a transição física na rede do Sistema Único de Saúde, no município do Rio de Janeiro. Método: estudo de caso múltiplo, sendo extraído dados dos prontuários de 10 mulheres transexuais norteados por uma ficha de investigação, como instrumento de coleta de dados, no período de agosto a dezembro de 2022. Resultados: as informações coletadas foram apresentadas sob a forma de temas e revelaram que todos os casos possuem Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, dificuldades de acesso a serviços de saúde, baixa escolaridade, experiência com parceiros fixos que não utilizam métodos de barreira nas relações com seus parceiros. Conclusão: a educação em saúde deve ser considerada prioritária na enfermagem, para modificar preconceitos e estigmas enfrentados por essas mulheres transexuais através da oferta de conhecimento para a redução de comportamentos de riscos.