One Hundred Years of Sea Power

Vitória acima da superioridade: como os aliados venceram a Segunda Guerra Mundial na Europa

“…A determinação de Roosevelt também estava relacionada ao seu apoio incondicional a Churchill. George Baer (1993) mostra que isto se tornou flagrante em 1942 quando, contra o assessoramento de seu Alto Conselho Militar, ele escolheu apoiar o Plano Tocha de Churchill ao invés do ataque direto sobre a Europa, através do Plano Bolero. O autor afirma que foi a decisão correta.…”

“…Para piorar, esse comportamento ofensivo não foi apoiado por patrulhamento suficiente. Tudo isso é suficientemente coberto por Baer (1993), que também mostra que o curso da batalha proporcionou à Marinha uma valiosa reavaliação de que o objetivo militar negativo (proteger as cargas) era mais adequado ao objetivo político geral de assegurar o fornecimento contínuo ao Reino Unido. Perseguir "matilhas" de submarinos não era necessário nem produtivo.…”

“…Considerando a posição geográfica da Alemanha, a esquadra de batalha não deveria ter sido uma opção, em primeiro lugar. Ao invés disso, a Kriegsmarine deveria favorecer a produção do número original de submarinos solicitado por Dönitz (BAER, 1993). Se isso tivesse acontecido, a Alemanha teria apresentado resultados muito melhores na Batalha do Atlântico, alcançando uma maior tonelagem afundada no lado dos Aliados.…”

“…Neste sentido, a luta pela tonelagem de navios (reabastecimento de navios versus navios afundados) na Batalha do Atlântico pode ser apontada como nada mais que uma guerra pelos números; uma verdadeira luta pelas estatísticas. É também um contra-argumento que conta a favor da superioridade econômica e do Poder Industrial, para o qual o exemplo mais emblemático é a surpreendente alta taxa de produção dos navios cargueiros da classe "Liberty" (BAER, 1993). O mesmo motivo se aplica ao domínio aéreo no qual há uma necessidade imperiosa de estabelecer superioridade aérea antes de qualquer outra missão, seja ela terrestre, marítima ou aérea.…”