A oncocercose, doença causada pela Onchocerca volvulus é transmitida via dípteros hematófagos do gênero Simulium, também conhecidos como “moscas negras” ou “borrachudos”. Essa doença se desenvolve no ser humano e pode causar dermatite oncocercosa, além de evoluir para a cegueira, fato que justifica ser conhecida, popularmente, como “cegueira dos rios”. Ela está elencada no grupo de Doenças Tropicais Negligenciadas e tem como meta de erradicação o ano de 2025. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de oncocercose na Terra Indígena Yanomami e Ye`kwana, principal foco de concentração dessa doença nas Américas. Para isso, foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Medline, PubMed e Scielo, além dos boletins epidemiológicos nacionais. Nesse estudo, observou-se que entre os Yanomami esta doença é considerada endêmica e, apesar de vários programas de controle lançados local e mundialmente, esses grupos indígenas continuam apresentando casos da doença, devido à dificuldade dos serviços de saúde indígena em acessar os grupos indígenas para realizar cobertura preventiva em toda a população de forma adequada, bem como, aspectos socioculturais marcado pela mobilidade territorial que caracteriza este grupo étnico. A problemática dessa doença é a presença de nódulos subcutâneos, erupção cutânea, gerodermia e a cegueira. Logo, ressalta-se a persistência da oncocercose entre Yanomamis, que continuam enfrentando problemas devido a oncocercose, sendo estes, constantemente, negligenciados pela saúde pública brasileira.