“…Os sincrônicos, por sua vez, que tendem a tratar separadamente vogais e ditongos nasais, podem se concentrar no aspecto fonético ou fonológico. No que concerne aos estudos de caráter fonético, além daqueles voltados para a síntese articulatória (TEIXEIRA et al, 2001), muitos se concentram, sobretudo, nos gestos articulatórios que levam à produção das vogais nasais, que contêm duas ou três fases: um início vocálico oral, uma parte vocálica nasal e eventualmente uma terceira fase, chamada de apêndice nasal, em que a nasalização se mantém mesmo após a oclusão da consoante seguinte (SEARA, 2000;SOUSA, 1994;CUNHA et al, 2019). Do ponto de vista fonológico, por sua vez, as vogais nasais são geralmente consideradas como uma sequência bifonêmica /VN/, onde /V/ é uma vogal oral e /N/ é um segmento nasal subespecificado (BISOL; VELOSO, 2016;MATEUS;ANDRADE, 2000; ou, mais raramente, como uma sequência bifonêmica /VṼ/, em que o segundo elemento possuiria uma natureza vocálica, e não consonântica (CARVALHO, 1988;PARKINSON, 1983;PIMENTA, 2019).…”