O câncer é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes no Brasil, superada somente pelos acidentes e mortes violentas. Entre 2009 e 2013, a doença foi responsável por 12% dos óbitos na faixa de 1 ano a 14 anos e 8% de 1 ano a 19 anos (INCA, 2016). A leucemia linfóide aguda é a neoplasia mais frequente em crianças, seguida de tumores do sistema nervoso central e linfomas (Subramaniam; Babu; Nagarathna 2008; Torres et al., 2010; Soares et al., 2011).Efeitos colaterais do tratamento oncológico afetam a cavidade bucal (Peres et al., 2013). As principais manifestações orais do tratamento oncológico são a mucosite, hemorragia, infecções oportunistas, sangramento gengival, xerostomia, neurotoxicidade, trismo, perda progressiva do ligamento periodontal, cárie de radiação, osterradionecrose e disgeusia (Torres et al., 2010; INCA, 2016). A mucosite é um dos principais efeitos secundários indesejáveis por representar um fator limitador da terapêutica planejada, aumentando o risco de proliferação das células tumorais, reduzindo as probabilidades de controle do câncer e a expectativa de vida do paciente (Cheng et al., 2011). Desta forma, o objetivo principal deste estudo foi avaliar a prevalência de manifestações orais decorrentes do tratamento oncológico em crianças e adolescentes atendidos no Hospital Estadual da Criança (HEC), no período de 2016 a 2017.