A realização do estudo fitossociológico em áreas de cultivo é o primeiro passo para o contole das plantas daninhas. A cultura da soja consorciada com espécies forrageiras em diferentes sistemas de cultivo tem sido uma prática bastante utilizada pelos produtores, pois as forrageiras apresentam alta capacidade de supressão das plantas daninhas, o que reduz a utilização de herbicidas. Na pesquisa foi avaliado o consórcio da cultivar de soja BRS 7980, com uma das três espécies de plantas de cobertura (Urocloa brizantha cv. Marandu, Urocloa ruziziensis cv. Ruziziensis e Panicum maximum hibrido da cv. Massai), e uma testemunha sem consórcio constituída pela vegetação espontânea. As parcelas foram formadas por sete linhas, espaçadas de 0,55 m x 6,0 m de comprimento (23,1 m2). Aos 120 dias após a colheita da soja, realizou-se a classificação botânica, caracterização morfológica e o levantamento fitossociológico (frequência relativa, densidade relativa, dominância e o índice de valor de importância das espécies daninhas presente nos tratamentos). Para coletar as amostras, foi utilizado um quadrado de ferro soldado nas extremidades com dimensões de 0,50 x 0,50 m (0,25 m2), lançados ao acaso uma vez por parcela. As plantas coletadas foram cortadas rente ao nível do solo, separadas, identificadas e quantificadas. A composição da comunidade infestante de plantas daninhas é considerada heterogênea, apresentando 14 espécies, destas 92,85% pertencem à classe botânica da Dicotiledoneae, e as famílias predominantes são: Fabaceae e Poaceae, 07 e 04 respectivamente. A maioria das espécies se propagam sexuadamente, apresentam porte herbáceo, ciclo de vida perene e rota fotossintética C3. Nos parâmetros fitossociológicos calculados, destacam-se as espécies: Calopogonium mucunoides, Mimosa candollei e Urocloa decumbens. A utilização do consórcio da cultura da soja com as espécies de plantas de cobertura reduz o número de espécies na área comparadas sem cobertura.