Nesta pesquisa foram avaliados os efeitos do adensamento do algodoeiro, como uma tecnologia inovadora, na estrutura populacional de inimigos naturais. Houve diferença na ocorrência de: Chrysoperla externa, Cycloneda sanguinea, Scymnus sp., Toxomerus sp. e Orius insidiosus entre os espaçamentos adotados. Os modelos foram aplicados para o parasitoide Lysiphlebus testaceipes, devido sua maior abundância. Os resultados evidenciaram que o arranjo espacial de algodão modifica o padrão de dispersão de L. testaceipes. O parâmetro “b” da equação de Taylor foi superior à unidade nos espaçamentos: 0,40 m e 1,60 m, enquanto que em 0,80 m o valor de “b” foi inferior à unidade (1). Portanto, populações de L. testaceipes em condições de 0,40 m e 1,60 m estão distribuídas de forma agregada, todavia se distribuindo de forma uniforme em 0,80 m. O modelo de Iwao revelou que para os espaçamentos: 0,80 m e 1,60 m existe uma tendência de repulsão dos indivíduos, pois os valores da constante “a” foram < 1. O modelo de Nachamann se ajustou apenas para os dados populacionais em algodão cultivado em 0,80 m, portanto, para este sistema, planos que visem à estimativa do nível populacional de L. testaceipes podem ser baseados apenas em observações de presença/ausência, ao invés da contagem individual. Os resultados do presente estudo são relevantes para estratégias de liberação e conservação de L. testaceipes.