Resumo:Dentro do ambiente praial, a zona de espraiamento pode ser considerada como o sub-região mais dinâmico da zona costeira. Muito disso se deve ao fato do espraiamento representar as respostas dos processos hidrodinâmicos externos ocorridos em regiões anteriores a este subambiente (zona de arrebentação e surfe). Assim, o clima de ondas e a amplitude da maré são variáveis indispensáveis nos estudos que tem buscado cada vez mais a quantifi cação destes fenômenos. Os métodos utilizados nestes estudos acompanham a evolução tecnológica dos dias atuais empregando desde de ferramentas de medição in situ, sinais acústicos, sensoriamento remoto, e outros que utilizam técnicas sofi sticadas de lasers e scanners. Com isso, é possível a obtenção de uma gama de dados sufi cientes para que sejam aplicadas abordagens multidisciplinares com enfoque nos processos físicos da interpretação dos resultados. São considerados processos como o transporte de sedimentos e suas implicações, infi ltração/exfi ltração de água na face praial, assim como a saturação, a infl uência da declividade observada no perfi l praial, componentes e feições morfológicas são focalizados nestes estudos. Desse modo, foi comprovado que a depender do estágio praial, determinado movimento no ciclo do espraiamento irá infl uenciar de maneira mais direta a evolução morfológica, como também o desenvolvimento de feições características. Todos estes resultados buscam compreender a relação existente entre a evolução de um determinado processo e as variações dentro da zona de espraiamento. Com a avaliação dos estudos, observa-se a importância desta faixa para o desenvolvimento morfológico da região subaérea praial, uma vez que esta faixa determina toda variação que ocorrerá no perfi l. Os trabalhos também direcionam novos rumos para as pesquisas relacionadas ao espraiamento, sendo necessárias abordagens cada vez mais precisas e detalhadas deste ambiente,