“…Na perspectiva colocada, as relações entre usuários e trabalhadores podem estabelecer distintas e inúmeras possibilidades de se produzir cuidado em saúde, a partir das demandas dos usuários. Contudo, Franceschini (2005), discutindo ferramentas para a operacionalização da integralidade, afirma que quando os pacientes-usuários procuram os serviços de saúde, eles não têm claro que suas queixas sejam sinônimos de doenças, pelo contrário, muitos procuram na esperança de serem cuidados, tranqüilizados de que não correm risco de vida, que não há gravidade no seu mal estar. No entanto, no cotidiano das instituições de saúde, esta visão fica obstaculizada pela perspectiva da doutrina médica que, por sua vez, permeia o universo simbólico, não só das pessoas que individualmente procuram a consulta médica, mas de toda uma coletividade.…”