Óbitos por hanseníase como causa básica em residentes no Estado de Mato Grosso, Brasil, no período de 2000 a 2007

Débora R M Barbosa¹; Manoel G Almeida²; Ariane G dos Santos² RESUMO Introdução: o Brasil é o segundo país em prevalência de hanseníase no mundo, fato que retifica a assertiva de se tratar de importante problema de saúde em nosso meio, cabendo políticas públicas específicas de combate à enfermidade. Objetivo: descrever e analisar espacialmente o perfil dos casos de hanseníase notificados no Estado do Maranhão. Métodos: estudo epidemiológico quantitativo de abordagem descritiva, de série histórica, através de dados do Sistema de Vigilância Epidemiológico (SVE) referentes aos casos novos de hanseníase em residentes no Maranhão, entre 2001 e 2012. A análise se deu através de estatística descritiva, tendo sido utilizados os programas Tabwin 3.2 e Microssoft Excel 2007. Resultados: dos 54.719 casos novos registrados, a maior parte era do sexo masculino (56,69%), com idade entre 20 e 39 anos (35,17%), pardos (52,57%), com até 4 anos de estudo (43,33%). A forma clínica e classe operacional mais prevalentes foram a dimorfa e multibacilar, respectivamente, esta última mais frequente no sexo masculino. A maior prevalência foi encontrada em São Luís (13,65%) e o maior Coeficiente de Detecção foi registrado no município de Junco do Maranhão (23,27casos/10.000hab.). Conclusão: o estudo demonstrou mudanças significativas no perfil da doença no Estado no decorrer dos anos, com redução do número absoluto de casos em algumas regiões e padrões endêmicos ou hiperendêmicos em quase todo o Estado. O conhecimento das características espaciais da epidemiologia da doença possibilita a análise de suas peculiaridades e possíveis pontos de intervenção, potencializando reformas estruturantes com potencial de interferir no quadro epidemiológico da região. Palavras-chave: Hanseníase/epidemiologia. Distribuição Espacial da População. Maranhão. Medicina (Ribeirão Preto) 2014;47(4): 00http://revista.fmrp.usp.br/ Barbosa DRM, Almeida MG, Santos AG. Epidemiologia da hanseníase no Estado do Maranhão.

show abstract

“…Dentre os casos notificados, 1,34% evoluíram para óbito, valor inferior ao encontrado por Ramos cols. 24…”

Section: Discussão Discussão Discussão Discussão Discussãounclassified

Características epidemiológicas e espaciais da hanseníase no Estado do Maranhão, Brasil, 2001-2012

Barbosa¹,

Almeida

Santos

2014

Medicina (Ribeirão Preto)

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“…A maior incidência ocorreu em mulheres somando um total de 467 pacientes (54,18%), enquanto que 395 (45,82%) casos foram notificados em homens. Os dados apontam para um número maior de casos em mulheres, que diferencia a pesquisa em relação a outros trabalhos anteriores que observaram índices mais elevados da doença entre os homens (BRASIL, 2002a;MONTEIRO et al, 2013;RAMOS et al, 2013).…”

Section: Resultsunclassified

“…Ensino Fundamental Completo (EFC). SegundoRAMOS et al (2013), em relação aos aspectos sociais dos indivíduos com hanseníase, cerca de 60% possuem baixo nível de escolaridade. Dados que também estão de acordo com o encontrado no município de Alta Floresta.…”

unclassified

Casos De Hanseníase Entre Os Anos De 2010 E 2014 No Município De Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil

Novakoski¹,

Ximenes²,

Fernandes³

2016

Encicl. Biosf.

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RESUMO A Hanseníase é uma doença contagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, que afeta a pele, sistema nervoso periférico e também outros órgãos e sistemas do corpo humano. O trabalho teve como objetivo analisar os casos de hanseníase no município de Alta Floresta, Mato Grosso, no período entre 2010 e 2014. O presente estudo promoveu o levantamento clinico-epidemiológico dos casos de hanseníase notificados pela Vigilância Epidemiológica. Os casos foram analisados quanto: ao sexo dos pacientes, área de maior ocorrência, idade dos pacientes, faixa etária mais atingida, escolaridade, número de casos por unidade de saúde e classificação das formas em Multibacilar e Paucibacilar. Dos 862 casos de hanseníase notificados, 54,18% foram em pessoas do sexo feminino, a maioria reside na área urbana (87%), com maior faixa etária entre 20 e 49 anos (55,46%). A escolaridade dos pacientes é baixa, principalmente com o Ensino Fundamental incompleto (54,53%). Foram notificados casos em 12 PSFs (Programa de Saúde da Família) e 2 postos de saúde, sendo o PSF II no bairro Cidade Bela com maior incidência (143 casos, 16,59%). Destacou-se a forma Paucibacilar em 56,03%, com até cinco lesões. Os dados adquiridos apontam um número maior de casos de Hanseníase em mulheres o que diferencia a pesquisa em relação a outros trabalhos que observaram índices mais elevados em homens. Também sugere que o maior número de casos no município de Alta Floresta está relacionado às condições socioeconômicas.

show abstract

Leprosy-related mortality in Brazil: a neglected condition of a neglected disease

Martins-Melo¹,

Assunção-Ramos²,

Ramos³

et al. 2015

Trans R Soc Trop Med Hyg

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Óbitos por hanseníase como causa básica em residentes no Estado de Mato Grosso, Brasil, no período de 2000 a 2007

Cited by 7 publications

References 14 publications

Características epidemiológicas e espaciais da hanseníase no Estado do Maranhão, Brasil, 2001-2012

Características epidemiológicas e espaciais da hanseníase no Estado do Maranhão, Brasil, 2001-2012

Casos De Hanseníase Entre Os Anos De 2010 E 2014 No Município De Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil

Leprosy-related mortality in Brazil: a neglected condition of a neglected disease

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