Traumas vasculares ocorrem, geralmente, em cerca de 0,7 a 2,0% dos casos de traumas gerais. Dentre as estratégias para reparo vascular, o uso dos shunts vasculares temporários (SVT) deve ser ressaltado, repercutindo positivamente sobre as menores taxas de amputação e na maior sobrevida do paciente. Ademais, esses dispositivos podem ser usados não apenas nas clássicas cirurgias de controle de danos, mas, também, representam recursos valiosos à manutenção da perfusão de órgãos vitais e extremidades enquanto se realizam intervenções em lesões de maior gravidade, sendo, no mesmo tempo cirúrgico, substituídos pela correção definitiva. Avaliar as situações em que a utilização dos SVT possa ser benéfica corrobora para o adequado gerenciamento do quadro clínico da vítima e, na ausência da equipe de cirurgia vascular, proceder a sua realização pode se tornar função do cirurgião geral.