Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC-BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. O argumento é que a internet, mais especificamente as mídias sociais, é uma arena na qual atores nativos destas esferas disputam os espaços da comunicação eleitoral, diversificando o ecossistema político-midiático e engajando-se na campanha. Aplicamos procedimentos metodológicos da análise de redes sociais com a finalidade de mapear os canais que mobilizaram o antipetismo no Facebook. O principal resultado é o que chamamos de Rede Antipetista, um agregado multifacetado de n=532 fan-pages, com 5.954 ligações. Essa rede alcançou mais de 10 milhões de seguidores durante a eleição. Analisamos as características da rede e dos atores que a compõem. Ao final, discutimos as implicações desse achado para a diversificação dos objetos de pesquisa em comunicação político-eleitoral.Palavras-chave: comunicação política, eleição, campanha não oficial, antipetismo, Facebook.
ABSTRACTThe majority of the specialized online election literature is dedicated to the official campaign coordinated by the parties and the candidates. This paper offers a different approach, investigating the role of unofficial agents that campaigned against Dilma Rousseff and PT on Facebook. The argument contends that Internet, more specifically, social media tools, is an arena where new agents challenge the electoral communication framings, further complexifying the political and mediatic ecosystem. We applied methodological procedures of social network analysis in order to map the channels that mobilized the "against PT" discourse on Facebook. The main finding is the hereby called "Against PT Net", a set of n=532 fan pages, and 5.954 edges that reached an audience of more than 10 million followers. We discuss further implications of this finding for the diversification of research objects in electoral communication.