Objetivo: Mensurar a incidência de lesão por pressão (LP) em usuários internados em unidades críticas de uma instituição pública de referência no sudoeste da Bahia. Método: Estudo longitudinal prospectivo. Os dados foram coletados entre junho e agosto de 2017, por meio de entrevista direta, prontuário, prescrição médica e inspeção da pele do participante. Resultados: Dos 83 participantes, 39 (47%) desenvolveram LP. A média de permanência no estudo foi de 6,8 dias. A maioria era do sexo masculino, de cor preta ou parda e tinha baixa escolaridade. A média de idade foi de 47,6 anos (±19,8). Foi evidenciado que o uso contínuo de drogas vasoativas e sedoanalgesia está associado à LP. Trinta e dois (38,55%) participantes apresentaram alto risco para desenvolvimento de LP. A região calcânea (44%) foi a mais acometida. O número de lesões por participante foi de 1,28, em média, predominando lesões no estágio 1 (68%). A ocorrência de desfecho desfavorável (óbito) foi estatisticamente significativa. Conclusão: O caráter multifatorial de surgimento das LP requer a adoção de medidas institucionais focadas na prevenção deste evento adverso, devendo fazer parte do processo de educação permanente dos profissionais.