“…A pesquisa autoetnográfica procura situar o "eu" como protagonista da narrativa de pensamentos e interpretações relacionados a determinados acontecimentos (Markula e Silk, 2011). É a partir desse relato narrativo que vozes dos/as pesquisadores/as são celebradas como maneiras de apresentar experiências que se tornam organizadas, a partir de uma totalidade significativa, destacando elementos biográficos e relações sociais que integram os acontecimentos narrados (Markula e Denison, 2005;Rego, 2014;Calha, 2017;Silva, Oliveira e Souza, 2018). Tem-se, nessa perspectiva, a ênfase no papel ativo do/a pesquisador/a, afastando-o/a de uma escrita neutra realizada em terceira pessoa que, comumente, insere-o/a como observador/a objetivo/a e distante das experiências as quais se preocupa relatar (Markula e Denison, 2005).…”