“…Neste quadro de transição e adaptação, cabe às instituições a disponibilização de serviços e de respostas facilitadoras da transição e do desenvolvimento psicossocial dos estudantes (Bondan & Bardagi, 2008;Daltro & Pondé, 2011). O próprio curso de Medicina, pela sequência de aprendizagens que faculta, por exemplo, o contato com o cadáver e com a morte nas aulas de anatomia do 1º ano, justifica uma atenção à personalidade e níveis de baixa autonomia e maturidade psicológicas dos seus estudantes, alguns deles expressando a vontade de desistência ou de mudança de curso após estes primeiros embates (Mello Filho, 1999;Trindade, 2009). Por outro lado, alguns traços de perfeccionismo e de autoexigência levam estes estudantes a não procurar ajuda, por exemplo, ocultando os problemas sentidos (BenevidesPereira & Gonçalves, 2009).…”
As mudanças nas formas de ensinar e aprender com ênfase no papel ativo dos estudantes têm sido observadas no Ensino Superior em geral e, em particular, no Ensino Médico. Apesar de haver um número considerável de trabalhos em torno dessa temática, constata-se uma carência relativa a estudos que valorizem a percepção dos estudantes como os agentes ativos de sua própria formação. Logo, com a finalidade de conhecer e analisar a qualidade das experiências vivenciadas, foi realizado um grupo focal com 6 estudantes concluintes do curso de Medicina de uma Faculdade Privada em Minas Gerais - Brasil no qual foram trabalhadas as suas percepções sobre as mudanças a nível do currículo, do curso e dos métodos pedagógicos dos professores, nomeadamente as alterações ocorridas nas vivências acadêmicas e adaptação. Importante destacar que os estudantes da pesquisa tiveram meios de comparação pela convivência com os colegas do curriculo antigo durante toda a formação. Os resultados mostraram que os estudantes foram capazes de identificar as alterações ocorridas no currículo e nos métodos pedagógicos; que os métodos ativos favoreceram qualitativamente as vivências acadêmicas por estreitar e melhorar as relações interpessoais com colegas de turma e de outras áreas, no trabalho interprofissional, além prepara-los melhor para a relação com o paciente. Quanto às atitudes e comportamentos adaptativos, relataram imaturidade, ansiedade e medo inerentes às novidades implementadas e aos cenários reais de prática no início do curso, demonstrando que os mesmos necessitam de apoios vários no processo de transição e adaptação.
“…Neste quadro de transição e adaptação, cabe às instituições a disponibilização de serviços e de respostas facilitadoras da transição e do desenvolvimento psicossocial dos estudantes (Bondan & Bardagi, 2008;Daltro & Pondé, 2011). O próprio curso de Medicina, pela sequência de aprendizagens que faculta, por exemplo, o contato com o cadáver e com a morte nas aulas de anatomia do 1º ano, justifica uma atenção à personalidade e níveis de baixa autonomia e maturidade psicológicas dos seus estudantes, alguns deles expressando a vontade de desistência ou de mudança de curso após estes primeiros embates (Mello Filho, 1999;Trindade, 2009). Por outro lado, alguns traços de perfeccionismo e de autoexigência levam estes estudantes a não procurar ajuda, por exemplo, ocultando os problemas sentidos (BenevidesPereira & Gonçalves, 2009).…”
As mudanças nas formas de ensinar e aprender com ênfase no papel ativo dos estudantes têm sido observadas no Ensino Superior em geral e, em particular, no Ensino Médico. Apesar de haver um número considerável de trabalhos em torno dessa temática, constata-se uma carência relativa a estudos que valorizem a percepção dos estudantes como os agentes ativos de sua própria formação. Logo, com a finalidade de conhecer e analisar a qualidade das experiências vivenciadas, foi realizado um grupo focal com 6 estudantes concluintes do curso de Medicina de uma Faculdade Privada em Minas Gerais - Brasil no qual foram trabalhadas as suas percepções sobre as mudanças a nível do currículo, do curso e dos métodos pedagógicos dos professores, nomeadamente as alterações ocorridas nas vivências acadêmicas e adaptação. Importante destacar que os estudantes da pesquisa tiveram meios de comparação pela convivência com os colegas do curriculo antigo durante toda a formação. Os resultados mostraram que os estudantes foram capazes de identificar as alterações ocorridas no currículo e nos métodos pedagógicos; que os métodos ativos favoreceram qualitativamente as vivências acadêmicas por estreitar e melhorar as relações interpessoais com colegas de turma e de outras áreas, no trabalho interprofissional, além prepara-los melhor para a relação com o paciente. Quanto às atitudes e comportamentos adaptativos, relataram imaturidade, ansiedade e medo inerentes às novidades implementadas e aos cenários reais de prática no início do curso, demonstrando que os mesmos necessitam de apoios vários no processo de transição e adaptação.
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