Abstract:O objetivo do artigo consiste em articular o discurso psicanalítico e psiquiátrico sobre o trauma, extraindo as implicações ético-políticas desta articulação, além de promover um resgate da subjetividade pela psiquiatria. A justificativa é ético-pragmática. A metodologia consiste na revisão não sistemática da literatura, mediante a seleção de textos que enfocam o traumático na psicanálise - a partir das categorias freudianas "neurose traumática", "compulsão à repetição", "pulsão de morte" e "passagem ao ato", … Show more
“…Acerca dos destinos páticos da pulsão, Birman (1999b) destaca, sobretudo, os masoquismos patológicos -moral e feminino 3 -e o sadismo, que se relacionam à pulsão de morte -ora voltada contra o próprio eu, como no caso do masoquismo, ora para objetos externos, como no sadismo -e se situam no registro fálico, relacionado à onipotência. Poder-se-ia acrescentar dentre os destinos páticos, o recalque -ao menos, o excesso da repressão -e a compulsão à repetição, que consiste em um mecanismo psíquico descrito por Freud (2007) em Mais além do princípio do prazer, que diz respeito ao retorno de vivências traumáticas precoces por meio de atos que se repetem -fora da cadeia representativa -numa tentativa de resolução e que resultam em desprazer (OLIVEIRA, 2015). Tal mecanismo pode ser encontrado nos diversos comportamentos de risco, marcados por uma elevada impulsividade, nas passagens ao ato, via de regra, por comportamentos que resultam em/visam o desprazer.…”
Considerando a estreita relação existente entre sentido para a vida e espiritualidade, busco com o presente artigo investigar como se dá o desenvolvimento espiritual humano, sua íntima relação com a constituição da subjetividade e a importância dos fenômenos do amor e da erótica neste processo. O referencial teórico situa-se numa interface entre a filosofia, a psicanálise e a teologia cristã. Utilizo como metodologia a revisão narrativa, por meio da qual foram selecionados textos dos seguintes pensadores: Hans Balthasar, Marion, Lévinas, Platão, Freud e Edith Stein. As relações amorosas (eros-ágape), sobretudo, o amor incondicional entre pais e filhos/as, são fundamentais para a constituição da subjetividade. Problemas nesta constituição mantém o sujeito fixado na busca pela satisfação das necessidades narcísicas. Quando o sujeito se sente suficientemente amado (no sentido qualitativo), abre-se à dimensão espiritual, no despertar simultâneo da consciência mística e ética, tomando posição a partir do seu núcleo pessoal.
“…Acerca dos destinos páticos da pulsão, Birman (1999b) destaca, sobretudo, os masoquismos patológicos -moral e feminino 3 -e o sadismo, que se relacionam à pulsão de morte -ora voltada contra o próprio eu, como no caso do masoquismo, ora para objetos externos, como no sadismo -e se situam no registro fálico, relacionado à onipotência. Poder-se-ia acrescentar dentre os destinos páticos, o recalque -ao menos, o excesso da repressão -e a compulsão à repetição, que consiste em um mecanismo psíquico descrito por Freud (2007) em Mais além do princípio do prazer, que diz respeito ao retorno de vivências traumáticas precoces por meio de atos que se repetem -fora da cadeia representativa -numa tentativa de resolução e que resultam em desprazer (OLIVEIRA, 2015). Tal mecanismo pode ser encontrado nos diversos comportamentos de risco, marcados por uma elevada impulsividade, nas passagens ao ato, via de regra, por comportamentos que resultam em/visam o desprazer.…”
Considerando a estreita relação existente entre sentido para a vida e espiritualidade, busco com o presente artigo investigar como se dá o desenvolvimento espiritual humano, sua íntima relação com a constituição da subjetividade e a importância dos fenômenos do amor e da erótica neste processo. O referencial teórico situa-se numa interface entre a filosofia, a psicanálise e a teologia cristã. Utilizo como metodologia a revisão narrativa, por meio da qual foram selecionados textos dos seguintes pensadores: Hans Balthasar, Marion, Lévinas, Platão, Freud e Edith Stein. As relações amorosas (eros-ágape), sobretudo, o amor incondicional entre pais e filhos/as, são fundamentais para a constituição da subjetividade. Problemas nesta constituição mantém o sujeito fixado na busca pela satisfação das necessidades narcísicas. Quando o sujeito se sente suficientemente amado (no sentido qualitativo), abre-se à dimensão espiritual, no despertar simultâneo da consciência mística e ética, tomando posição a partir do seu núcleo pessoal.
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