O trabalho docente no ensino superior e a saúde vocal: um estudo de revisão bibliográfica

Abstract

<p>O objetivo desta pesquisa foi fazer um levantamento de publicações referentes à saúde vocal do professor do ensino superior, no período de 2005 a 2013. A pesquisa foi delineada por meio de um estudo bibliográfico do tipo exploratório, no qual se buscaram artigos de periódicos indexados nos bancos de dados LILACS e SCIELO, obedecendo-se aos critérios de inclusão e exclusão pré-determinados. Foram encontrados seis artigos que abordavam a saúde vocal do professor universitário no período analisado, os quais focalizaram as investigações na qualidade de vida dos professores e a relação com a sua saúde vocal; nas relações entre o processo de trabalho docente e as condições sob as quais se desenvolve; no possível adoecimento físico, mental e vocal; e nos recursos vocais como estratégias que professores universitários utilizam em sala de aula. Os dados mostraram que é considerável o número de sintomas vocais apresentados nessa população, sendo os mais referidos: falhas na voz, rouquidão, esforço para falar, secura na garganta e pigarro.<strong> </strong>Há poucos estudos que contemplam a saúde vocal do professor universitário, mostrando que, em relação à prevenção e cuidados da voz dessa população, há necessidade de novas pesquisas para atender essa demanda. </p>

Condições de saúde de docentes universitários vinculados a uma instituição federal de ensino superior no interior do nordeste do Brasil

“…Ainda considerando o perfil de saúde, 46% (n=18) dos docentes apresentaram sinais de disfonia. É reconhecido que docentes de nível superior apresentam alta prevalência de queixas vocais (Batista & Matos, 2016). Os distúrbios da voz afetam o desempenho e a efetividade do trabalho docente e, consequentemente, podem levar a ausência no trabalho, afastamentos e até abandono da atividade (Souza et al, 2011).…”

“…O monitoramento da prevalência das queixas vocais em professores de nível superior permite obter indicadores para definição de políticas de saúde voltadas para a prevenção e o controle desses agravos. Batista e Matos (2016) analisam que os docentes universitários apresentam elevado índice de sintomas, como falhas na voz, rouquidão, esforço para falar, pigarro e secura na garganta, fazendo-se necessárias intervenções que promovam a saúde vocal destes trabalhadores. Outros trabalhos que investigam a disfonia em professores indicam que problemas vocais apresentam aumento em suas prevalências quando analisados em recortes anuais (Freitas & Cruz 2008, Diehl & Marin, 2016.…”

“…Profissionais da saúde podem ser expostos à uma série de doenças contagiosas, como hepatite e tuberculose (Brasil, 2018). Na educação, em específico, o trabalho docente pode ser causador de problemas na voz, distúrbios osteomusculares (DORT) e principalmente problemas relacionados a saúde mental, como os problemas mentais comuns (PMC) (Batista & Matos, 2016, Ferreira, 2019. Research, Society andDevelopment, v. 11, n. 10, e443111033142, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33142 3 Nesse contexto de relevância social do trabalho docente, de sucateamento da valorização da educação no país e da influência do trabalho no perfil de saúde e doença dos docentes universitários, o presente estudo pretende investigar o perfil e as condições de saúde vivenciadas por docentes de um campus da Universidade Federal de Sergipe, no interior do Nordeste.…”

Dermatoglifia e condição vocal de professores universitários

“…No entanto, os resultados de outros trabalhos contrapõem essa afirmação. Em uma revisão de literatura (21) , mesmo tendo um amplo conhecimento vocal, os docentes ainda apresentaram, frequentemente, sintomas como esforço ao falar, falhas na voz e rouquidão.…”

Dermatoglyphy and vocal condition of professors

“…However, other studies contradict this understanding. In one literature review (21) even with significant vocal knowledge, professors still frequently presented symptoms such as effort to speak, breaking voice, and hoarseness.…”