Demonstraremos, neste artigo, o aspecto político e linguístico-cultural da literatura e da tradução através do estudo da introdução e da recepção da obra de Shakespeare no Brasil no século XIX. Salientaremos o caráter de intertextualidade da prática da tradução, que contribuiu para a formação da literatura brasileira por meio do intercâmbio com as culturas francesa e britânica, por intermédio da portuguesa. Portanto, analisaremos aspectos referentes à reivindicação das línguas francesa (século XVI) e inglesa (século XVII) ao status de línguas literárias, relacionados à redescoberta e à tradução de obras literárias, tais como a shakespeareana.