2021
DOI: 10.1590/1982-2553202152911
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O som ao redor: arqueologia do vertical moderno no Recife

Abstract: Resumo Este artigo analisa a composição narrativo-dramática de O som ao redor (Kleber Mendonça Filho, 2012) como forma de evidenciar os estratos do tempo que convivem num bairro moderno do Recife; há acento especial dado a relações de classe encenadas em tom de crônica, mas gradualmente adensando as tensões criadas entre as personagens. No percurso, está lá visível um estilo de arquitetura e uma forma dos bem nascidos administrarem sua segurança privada.

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“…Foram listados, desde do início do cinema no Brasil até o ano 2000, 20 documentários voltados de alguma forma para as questões indígenas. Existe alguns autores, como Viany (1993), Bilharinho (1997), Xavier (2001), Ramos (2008), que abordam o assunto da trajetória do cinema em uma visão mais expandida, com profundidade e em diversos outros aspectos.…”
Section: Consideraçõesunclassified
“…Foram listados, desde do início do cinema no Brasil até o ano 2000, 20 documentários voltados de alguma forma para as questões indígenas. Existe alguns autores, como Viany (1993), Bilharinho (1997), Xavier (2001), Ramos (2008), que abordam o assunto da trajetória do cinema em uma visão mais expandida, com profundidade e em diversos outros aspectos.…”
Section: Consideraçõesunclassified
“…O Cinema Marginal surgiu no final da década de 1960. De acordo com Xavier (2001), a radicalização do processo ditatorial, a partir do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968, foi o principal estímulo para o aparecimento de tais filmes. O AI-5 possibilitou aos militares a perseguição com maior intensidade aos artistas e intelectuais, produzindo grandes reflexos no panorama cultural do Brasil.…”
Section: O Cinema Marginalunclassified
“…O autor traduz o estado de espírito dos artistas da época de forma que, "a partir daquele momento, viver no Brasil era encarar a tortura, a agonia, o tempo como sangrar. O passado é ruína, a redenção futuro, um ponto de fuga ilusório": Florescido no período ao AI-5, esse cinema é em geral assumido como resposta à repressão na linha agressiva do desencanto radical; sua rebeldia elimina qualquer dimensão utópica e se desdobra na encenação escatológica, feito de vômitos, gritos e sangue, na exacerbação do kitsch no culto ao gênero horror subdesenvolvido, esse produto da imaginação, misto de gibi e circo-teatro, cuja figura símbolo é o Zé do Caixão e cujo horizonte estético é À Meia-Noite Levarei sua Alma (1964) Ainda segundo Xavier (2001), o Cinema Marginal ultrapassou de forma exponencial as ideias expressas pelo Cinema Novo. O autor apresenta a "Estética do Lixo" como a subversão dos padrões de produção tradicionais, ao questionar a elitização do Cinema Novo.…”
Section: O Cinema Marginalunclassified
“…Xavier (2001) traduz o estado de espírito dos artistas da época de forma em que "a partir daquele momento, viver no Brasil era encarar a tortura, a agonia, o tempo como sangrar. O passado é ruína, a redenção futuro, um ponto de fuga ilusório": Florescido no período ao AI-5, esse cinema é em geral assumido como resposta à repressão na linha agressiva do desencanto radical; sua rebeldia elimina qualquer dimensão utópica e se desdobra na encenação escatológica, feito de vômitos, gritos e sangue, na exacerbação do kitsch no culto ao gênero horror subdesenvolvido, esse produto da imaginação, misto de gibi e circo-teatro, cuja figura símbolo é o Zé do Caixão e cujo horizonte estético é À Meia-Noite Levarei sua Alma (1964) Ainda segundo Xavier (2001), o Cinema Marginal ultrapassou de forma exponencial a "Estética da Fome" 1 , idealizada por Glauber Rocha e um dos pilares estéticos do Cinema Novo. Lembremos que a "Estética da Fome" era uma maneira de expressar os problemas sociais do Brasil de maneira violenta.…”
Section: O Cinema Marginalunclassified