O sofrimento moral nas situações de final de vida em Unidades de Terapia Intensiva pediátrica: desenvolvimento do conceito

Abstract

A Deus, por estar presente em todos os momentos da minha vida. Sou grata pelas bênçãos alcançadas, por iluminar os meus caminhos e por me fortalecer sempre, guiando-me conforme Sua vontade. Aos meus pais, Lincoln e Marli, pelo amor incondicional, pela paciência, pelos conselhos e por me encorajarem a enfrentar os desafios da vida e poder chegar até o fim. E também por terem confiado e financiado meus sonhos. Aos meus familiares, especialmente à minha irmã, Dani, pelo incentivo e por me ensinar o valor da família e do estudo, e à minha amada avó, Nilza, por todas as orações e pelo exemplo de vida e superação. Ao Marcelo, meu querido namorado, por todo amor, compreensão e preocupação, especialmente na fase de conclusão desta tese. À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Regina Szylit, que, com carinho e competência, esteve comigo durante todo o percurso deste trabalho, ajudando-me diante dos desafios e dividindo comigo suas experiências de pesquisa e de vida. Agradeço profundamente pelas lições acadêmicas e pelos ensinamentos pessoais que vão muito além destas páginas. Às professoras Drª Ana Lucia Siqueira Costa e Drª Lisabelle Mariano Rossato pelas contribuições no exame de qualificação. À Dr.ª Graziela de Araujo Costa, por se disponibilizar a participar na minha banca e pelas contribuições nessa pesquisa.

Tendências da produção científica brasileira acerca do sofrimento moral nos profissionais da saúde

“…O público dos estudos selecionados evidenciou predominância de 82% dos profissionais sendo enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem (Bulhosa, 2006;Barlem 2009;Dalmolin 2009;Barlem, 2012;Ghisland, 2014;Drago, 2015;Ramos, 2015;Barros, 2016;Barth, 2016;Caçador, 2016;Caram, 2016;Duarte, 2016;Fruet, 2016;Santos, 2016;Trombeta, 2017;Schaefer, 2017;Wachholz, 2017;). Os demais profissionais estudados em 18% dos estudos referem-se a médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, agentes comunitários de saúde (ACS), gestores de Atenção Primária à Saúde (APS) e gestores de Secretaria Municipal de Saúde (Briese, 2011;Pegoraro, 2015;Baliza, 2017;Almeida, 2019).…”

“…O sofrimento moral, como já caracterizado anteriormente, está associado diretamente com situações conflituosos e com situações éticas. Sendo assim, os principais motivos que geram esses conflitos estão conectados com elos como gestão, supervisão, hierarquia profissional, contexto/ambiente hospitalar, culturas específicas, outras categorias profissionais, formas de conhecimentos diversas e principalmente a falta de comunicação ética (Briese, 2011;Drago, 2015;Ramos, 2015;Pegoraro, 2015;Barros, 2016;Caram, 2016;Baliza, 2017;Schaefer, 2017;Wachholz, 2017;Almeida, 2019;).…”

“…Percebeu-se que os profissionais médicos e enfermeiros sentem-se despreparados diversas vezes para lidar com situações conflituosas como falta diálogo entre a equipe e falta de competência da equipe de trabalho, pois não se sentem seguros diante de qual conduta adotar ao ponto de vista moral e ético, o que gera conflitos internos, que por sua vez, desencadeiam o sofrimento moral o qual pode ter consequências negativas, como o desejo de abandonar a profissão (Baliza, 2017).…”

“…Assim, as questões relacionadas à falta de decisão, incapacidade de agir, incerteza, falta de consenso e relações conflituosas entre profissionais de diferentes categorias, quanto a conduta e postura a ser seguida, o desamparo, a omissão, a imprudência, a negligência por parte dos profissionais, causam angústia e desconforto, comumente, causando o SM (Barlem, 2015;Caçador, 2016;Barth, 2016;Baliza, 2017).…”