Considerando o avanço da degradação do solo que compromete severamente a qualidade de vida e a segurança alimentar, sobretudo nas áreas dos agroecossistemas familiares da região semiárida, e fundamental que as pesquisas possibilitem alternativas viáveis aos agricultores, para o estabelecimento do equilíbrio econômico, ecológico e social da região. Nesse sentido e importante identificar especies forrageiras de ciclo curto que possam contribuir para alimentação animal e a promoção da fertilidade dos solos, apontando a melhor forma de produção e espaçamento para produção de biomassa das forrageiras de ciclo curto, para promover uma produtividade que seja interessante aos produtores locais. Objetivou-se avaliar a fitometria do milheto (Pennisetum glaucum L.) e do sorgo (Sorghum bicolor L.) produzidos sob adubação orgânica e em dois espaçamentos, quando cultivados no Cariri da Paraíba. O experimento foi conduzido no Centra de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA), em urn LUVISSOLO CRÔMICO Órtico típico. Utilizou-se o delineamento experimental em parcelas, com quatro repetições. Os tratamentos foram dois sistemas de espaçamento e duas culturas. Os resultados da pesquisa apontam que a diminuição do espaçamento influenciou o crescimento em altura das duas culturas, e, embora o sorgo tenha apresentado melhores valores, o milheto evidenciou-se como boa forrageira para produção de biomassa verde. Em função dos resultados e considerando a demanda por especies forrageiras de ciclo curto, atrelado a necessidade de conservação dos solos dos agroecossistemas familiares, e possível recomendar o uso do milheto, sem perdas ao agricultor, em função de suas potencialidades, de sua tolerância as condições edafoclimáticas locais e da potencialidade de uso da cultura em qualquer um dos estádios fenológicos, pela ausência de acido cianídrico (HCN) e de taninos, que são tóxicos para o gado, alem de que o milheto supera o sorgo em proteína bruta, sendo excelente alternativa para produção de palhada.