O Real nos fatos clínicos psicanalíticos: entre o esquecimento e a sua visitação

Abstract

Inicialmente agradeço ao CNPq pela concessão da bolsa de estudos.Agradeço ao Prof. Gilberto Safra, pelo impulso inicial de confiança, tão necessário para desenvolver esta escrita, como também por ter me oferecido, sob a forma de um pensar, o prenúncio ou o germe daquilo que haveria de poder desenvolver posteriormente. Além disso, durante todo o nosso percurso, não só me ajudou a respeitar o processo da produção do texto inacabado, de forma paciente e serena, como pôde me ajudar a escutar e a perceber para qual direção a minha própria escrita apontava-me. Sou incrivelmente grato por sua postura, com a qual pude me identificar, admirando-a e reproduzindo-a.Sou extremamente grato ao Prof. Luis Cláudio Figueiredo, que pôde me ajudar a ver, no exame de qualificação, aqueles aspectos que tendiam a sufocar o texto, bem como a deixar com que uma escrita mais livre, menos "ontificada", pudesse tomar forma e expressão. E a sua pergunta sobre expansão e ruptura ainda ecoa em meus ouvidos, querendo se fazer escrita... Agradeço muito ao Tales Ab"Sáber, por poder indicar justamente a diferença entre a possibilidade e o impossível, tal como pude nomear posteriormente, o que deu ao meu trabalho uma nova e fundamental compreensão após o exame de qualificação.Não seria possível deixar de agradecer especialmente ao meu amigo João Rodrigo Oliveira e Silva, aquele que não cessa de não escrever as páginas deste trabalho e que, por isso mesmo, determinou profundamente a concepção e a consecução desta tese, como uma voz silenciosa que o leitor atento poderá, vez ou outra, escutar no palimpsesto das palavras redigidas, como vestígios de uma escrita heterogênea, expressão verdadeira de um trabalho escrito a quatro mãos, com as quais tive o privilégio de trabalhar.Agradeço também a Luciana, pela amizade, pelas interessantes conversas e pelo truco indescritível... Agradeço aos meus irmãos Alexandre e Cristiano, pelas tardes em família, pelas discussões, pelas festas e pelos dias comuns, pois tudo isso criou aquela familiaridade que me devolvia sempre para um mundo ancorado, fraternal e bom.Agradeço também aos meus queridos sobrinhos Catarina, Rafael e Leonardo, que espalham doçura por minha casa; e ao José e ao Chico, meus "outros" sobrinhos, também tão queridos, que sempre deixam a casa iluminada de brincadeiras e de futuro... À Maria Inês e à Francesca, pelas conversas, brincadeiras e "fofocas" das tardes de domingo, que sempre me retiravam da escrita conhecida para poder voltar à ela renovado... Agradeço às minhas amigas Silvia e Patrícia. À Silvia, por toda sua ajuda no PROMUD, e pela disposição constante por discutir casos complicados, de modo fácil e inteligente. À Patrícia, por sua presença sempre tão verdadeira e por sua leitura "emocional" dos casos clínicos, além, é claro, por sua amizade.À minha amiga Kim, agradeço por sua insistência em Heidegger e na liberdade, e por sua escuta sempre atenciosa.Ao Maurício e ao Sanches, amigos ausentes, sempre presentes em meu coração, agradeço pela amizade que o tempo não abala.Ao Claude e à M...

Atravessando Uma Linha De Sombra: Uma Aproximação Ao Desconhecido

“…Assemelha-se muito, portanto, à ideia de Real trazida por Trinca (2012). Trata-se de uma dimensão não habitável, dotada da ausência de representações.…”

“…Mas é indispensável que se prossiga. Quando Trinca (2012) e Figueiredo (1993) trazem a ideia, por exemplo, de um encontro disruptivo com o Real demandando a criação a posteriori de novas histórias que traduzam enigmas a priori, está presente aí a ideia de uma relação dialética, não apenas de emanação de uma realidade última, mas de (co)construção de realidades. É neste sentido que a concepção de Desconhecido caminha.…”