O rádio brasileiro no contexto da plataformização: experiências, impasses e desafios

Abstract

Com uma abordagem metodológica cartográfica, realizada nas plataformas Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer e TuneIn Radio, este estudo objetivou refletir analiticamente sobre como se configura a performance de tradicionais emissoras de rádio brasileiras nesse tipo de ambiente mediático sociodigital. Para além da compreensão do caráter processual e não linear do fenômeno, infere-se que a presença e atuação das rádios no contexto da plataformização têm sido marcadas tanto por experiências integradas e estratégicas quanto por impasses relacionado a dispersividade e ao aspecto irregular de algumas ações, assim como pelos desafios do caráter contingente das plataformas.

Cobertura esportiva em tempos de plataformização

“…Uma vez apropriadas pelas estações de rádio, as plataformas, como observam Pinheiro e Del Bianco (2022), podem gerar a ampliação de públicos para as emissoras e gerar oportunidade de monetização, ao mesmo tempo em que desafiam suas lógicas tradicionais de marketing e interação com audiência focadas na transmissão em ondas hertzianas (PINHEIRO e DEL BIANCO, 2022) No segmento esportivo do rádio esse comportamento interativo se manifesta de forma intensa, por se tratar de uma área dominada pelas discussões em torno do futebol, paixão de milhões de brasileiros, que movimenta todas as esferas da sociedade, rendendo acalorados debates. Esses traços caracterizam a trajetória do rádio esportivo no País, como destaca Ortriwano (1985), ao enfatizar que "o rádio esportivo sempre foi muito participativo, muito vibrante, gerando polêmicas, um dos setores mais opinativos de toda a programação".…”

De la radio a spotify

“…La radio como medio ha tenido que transitar por muchos caminos, y no todos ellos fáciles, desde la tradición hasta la innovación, superando la aparición de la televisión, de Internet o de las redes sociales, demostrando una capacidad constante de adaptación a las nuevas circunstancias que han ido marcando las Tecnologías de la Información y la Comunicación (Cebrián-Herreros, 2008;Ortiz-Sobrino;López-Vidales, 2011;Videla Rodríguez;Piñeiro-Otero, 2017;Zumeta, 2021). Y en los últimos tiempos, como recogen muchos investigadores del medio, con una tendencia clara hacia su plataformización (Martínez-Costa;Prata, 2017;Terol-Bolinches;Pedrero-Esteban;Pérez-Alaejos, 2021;Fernández-Sande;Rodríguez-Pallares, 2022;Pinheiro;Del Bianco, 2022;Martín-Pena, López;Freire, 2023).…”