Esta análise se debruça sobre o estudo do aprofundamento das desigualdades sociorraciais no contexto da pandemia de COVID-19, tendo em vista que esse cenário evidenciou as contradições do sistema do capital. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivos compreender como o Estado prioriza a proteção da reprodução e acumulação do capital em detrimento da proteção da vida dos trabalhadores, bem como busca refletir sobre o aprofundamento das desigualdades sociorraciais, partindo da análise das determinações históricas do racismo e da superexploração da força de trabalho como pilares estruturantes da sociedade brasileira. Concluímos que os impactos sociais e econômicos da pandemia de COVID-19 recaíram majoritariamente sobre a parcela da população que já se encontrava historicamente em condições de vida e trabalho mais precarizadas, isto é a população negra e pauperizada.