O presente artigo busca analisar a ação dos administradores coloniais durante a chamada “grande seca” nas capitanias do Norte. Durante os anos de 1790-1793, a capitania de Pernambuco e as capitanias anexas/subordinadas – Rio Grande, Paraíba e Ceará – sofreram com a seca, a epidemia e a fome que assolaram toda a região. As ações do governador-geral da capitania principal e dos capitães-mores das capitanias menores, além dos agentes camarários são o foco do trabalho. Atores obrigados a moldar suas ações individuais, escolhas e decisões, num contexto de falta de recursos e em paralelo às reações de outros atores nesse “universo de possíveis”. Para a pesquisa, utilizaremos como fontes documentais as cartas do governador de Pernambuco e dos capitães-mores das capitanias anexas, além da documentação referente as capitanias de Pernambuco, Rio Grande, Paraíba e Ceará depositadas no Arquivo Histórico Ultramarino e disponibilizadas pelo Projeto Resgate, os termos de vereação das Câmaras municipais, relatórios, escritos e memórias de viajantes e administradores coloniais.