O protagonismo do Enfermeiro na organização de serviços de saúde durante a pandemia da COVID-19

Abstract

Com o advento da nova pandemia pelo novo Coronavírus, razão para defrontamento mundial pelos profissionais enfermeiros na linha frente tem apresentado inquietações acerca da organização de serviços de saúde. Frente ao cenário, a necessidade de contextualizar acerca do enfrentamento das doenças respiratórias agudas crônicas, é uma das preocupações. Assim, este estudo objetiva relatar o protagonismo do enfermeiro na organização do serviço de saúde durante a pandemia da COVID-19. Com esta perspectiva, foi realizado um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, sobre o protagonismo do enfermeiro na organização do serviço de saúde durante a pandemia da COVID-19. Com o surgimento da necessidade de readaptação dos serviços para acolhimento e triagem aos casos suspeitos e implementação de Unidades para Síndromes Gripais, enfermeiros foram postos como protagonistas nos serviços de saúde no gerenciamento e prestação do cuidado em linha de frente no cenário da Pandemia. Neste sentido, os serviços de saúde passam a receber uma roupagem gerencial diferenciada para os casos de SARV-CoV-2 atendidos e observados. Condições estas que emergem para os desafios de pensar em protagonismo do enfermeiro no gerenciamento de serviços de saúde. Neste cenário da pandemia, alicerçando os saberes frente as respostas emergências para o desenvolvimento dos casos de infecção pelo COVID-19, o protagonismo do enfermeiro representa a mudança na atuação dos gestores e profissionais da saúde que lutam diariamente para a melhoria e qualidade da assistência prestada a população.

Autonomia dos enfermeiros em Urgência e Emergência no fluxo ao atendimento na pandemia da COVID-19

“…14,[16][17] Os pacientes que possuem síndrome gripal (SG) ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com agravamento dos sinais e sintomas, como dispneia, queda da saturação e desconforto respiratório, são encaminhados diretamente para sala de emergência, e após avaliação minuciosa, há a possibilidade de serem encaminhados para UTI, e os com sintomas mais leves, podem ser encaminhados para o isolamento domiciliar ou internação em enfermaria. 14,[18][19] Os enfermeiros que atuam nas emergências, são importantes para o direcionamento dos fluxos de atendimento de acordo com a gravidade da doença e na assistência direta, sendo que a classificação de risco, proporciona diminuição de deterioração clínica dos pacientes por tempo de espera, da mortalidade evitável e reorganiza o serviço, tornando-se possível gerir os fluxos de atendimentos. 13 Os enfermeiros são pioneiros em desenvolver as melhores práticas para o gerenciamento dos pacientes, a capacidade e eficácia prosperam frente a guerras, desastres, crises e em pandemias, assim como a Covid-19.…”

Elaboração de um instrumento de consulta de enfermagem para suspeita e casos de COVID-19 e/ou Influenza

“…A consulta de enfermagem é uma ferramenta essencial nesse processo e foi legalizada em junho de 1986 pela Lei n.º 7.498 do Exercício Profissional de Enfermagem e pela Resolução COFEN n.° 544/2017 sendo privativa do enfermeiro e caracterizada pela aplicação individual do processo de enfermagem, envolve anamnese e exame físico, diagnósticos, resultados esperados, intervenções e avaliação. A enfermagem tem papel essencial ao avaliar o indivíduo, considerando suas particularidades, conceitos religiosos, familiares, socioculturais e sociodemográficos, os quais são elementos importantes no tratamento, na recuperação, na reabilitação e no acompanhamento da doença 23,24 .…”