Na última década, as avaliações externas e em larga escala tem assumido o protagonismo na política educacional brasileira, de modo que os projetos pedagógicos das escolas passam a gravitar em torno dos resultados desses exames. Este artigo analisa um conjunto de questões do formulário do coordenador pedagógico (Q6.9; Q6.11; Q6.12; Q18.1 a Q18.8; Q19.1 a Q19.4) sobre sua participação nos processos de avaliação, incluindo as avaliações em larga escala e que relações ele constrói junto aos professores e a direção escolar. A abordagem é descritiva e explicativa e a análise foi estratificada por estado, considerando características próprias das duas redes de ensino. Os resultados apontam para a dubiedade de papel deste profissional que não apenas atende demandas da gestão escolar, como necessita atuar junto aos docentes, que são monitorados de forma contínua e a quem compete desenvolver um amplo conjunto de iniciativas com vistas a melhoria de desempenho dos alunos.