Este artigo se propõe a discutir a experiência desenvolvida em um CAPS, abordando, nesse recorte, aspectos do trabalho cotidiano em um Serviço de Saúde Mental, esboçando uma prática que cria, a partir das inquietações, uma estratégia de cuidado de si e do outro a partir da re-invenção da prática clínica permeada pela dança.Pretende-se levantar algumas questões que não envolvem um conhecimento específico, mas visam ser disparadoras de processos que possam ampliar outros "fazeres" da clínica da Saúde Mental, como processos criativos implicados à vida de quem cuida e de quem é cuidado, buscando dar visibilidade e explicitar um caminho a partir do qual se possa acolher aquilo que nos passa, que nos acontece, nos toca 1 , como movimento para criar modos mais alegres de habitar esses lugares de vida no CAPS ou na vida daqueles que nele vivem, pois perguntamos: quem ocupa por mais tempo esse espaço? Trabalhadores ou usuários? Quem, além do "louco", constrói sua rotina em uma instituição de Saúde Mental?Pequena cartografia: caminhos da prática "Eu tenho muito marcado aquele dia que você levou um CD, do Pink Floyd? Beatles? Ah era Led Zepellin (risos). Os pacientes piraram gritando, empurrando as paredes e todo mundo fazendo a maior força... Então teve muita coisa que aconteceu ali. Eu tenho essa lembrança, de muita vivência, de coisa muito real, muito na pele." (Tainá, psicóloga) espaço aberto